A Casa do Trabalhador, em Feira de Santana, realizou nesta quinta-feira (25), uma grande mobilização para incentivar a inclusão de pessoas com deficiência (PCDs) no mercado de trabalho. Ao todo, foram ofertadas 310 vagas em diversas áreas, com entrevistas sendo realizadas diretamente no local por cerca de 10 empresas participantes.
O diretor da unidade, Magno Felzemburg, explicou que a ação faz parte das atividades alusivas ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, comemorado em 21 de setembro. “Conseguimos trazer 310 vagas para pessoas com deficiência. A novidade é que as empresas vieram até a Casa do Trabalhador para fazer as seleções, o que facilita e agiliza o processo de contratação”, destacou.
Representando a Gujão Alimentos, uma das empresas participantes, a psicóloga Suellen Cardoso afirmou que mais de 300 oportunidades estão sendo abertas em parceria com outras organizações. “Estamos avaliando o perfil dos candidatos para direcioná-los às vagas mais adequadas, seja na área produtiva, administrativa ou de manutenção”, explicou ao Acorda Cidade.
A presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Rosylene Costa, elogiou a iniciativa e reforçou a importância da acessibilidade nos ambientes de trabalho. “Ainda há muitas barreiras, como falta de intérprete de libras ou de rampas para cadeirantes. Mesmo assim, estamos vendo hoje uma grande participação, inclusive de pessoas com deficiência auditiva, que já começaram a ser encaminhadas”, pontuou.
Segundo Felzemburg, empresas de grande porte, como call centers, são as que mais precisam cumprir cotas para PCDs, mas enfrentam dificuldades para preencher essas vagas. Por outro lado, casos como o de um operador de empilhadeira com deficiência, recrutado mesmo sem vaga prévia ofertada, mostram a importância da qualificação profissional.
A Casa do Trabalhador realiza o encaminhamento de pessoas com deficiência ao longo de todo o ano e mantém um banco de dados para futuras oportunidades. “O trabalho contribui para a autoestima, saúde mental e inclusão social. Por isso, é importante que os trabalhadores busquem se qualificar”, concluiu Felzemburg.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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