Educação
Uefs aguarda liberação de 30 professores; demora pode comprometer o semestre
A universidade aguarda liberação dos aprovados no processo seletivo para professor substituto.
Andrea Trindade
O professor Rubens Pereira, pró-reitor de Ensino de Graduação da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) confirmou a falta de professores na universidade e informou que a instituição aguarda a liberação de 30 profissionais substitutos para que o segundo semestre, que vai começar no próximo dia 26, não seja comprometido.
“Há uma demanda de 30 vagas de professores substitutos para suprir emergencialmente as vagas de professores permanentes e precisamos da liberação até o dia 26. Se começarmos o semestre sem esses professores, poderá impactar em alguns cursos”, disse o pró-reitor.
Rubens cita dois motivos para explicar a falta de professores. O primeiro é que o quadro de docentes da Uefs é fixo e aprovado por projeto de lei, e sua ampliação só pode ser feita por meio de um novo projeto. Ele disse também que existem muito poucas vagas fixas remanescentes, mas que neste momento não é possível realizar concurso público para preenchê-la.
“Há uma falta de condições de realizar concurso nesse momento, mas existe uma negociação com o governo há algum tempo e uma comissão está trabalhando a possibilidade de construção de um projeto de lei para ampliação do número de vagas para professores não só da Uefs, como também das outras universidades estaduais”, disse.
O segundo motivo, segundo o pró-reitor, é a demora na liberação dos aprovados no processo seletivo para professor substituto.
“Abrimos uma seleção pública, uma vez que não podemos realizar concurso, mas essas vagas temporárias também precisam de uma liberação de órgãos do Governo do Estado e que acontece de maneira retardada. De certa forma isso termina atingindo os alunos porque os professores iniciam suas atividades tardiamente”, ressaltou.
Rubens disse que a contração de professores substitutos provoca um impacto direto no orçamento da Uefs. “A universidade é obrigada a indicar a fonte pagadora desses recursos e para isso ela tem que redirecionar verbas, que seriam de investimentos, para pagar a folha de pessoal desses professores substitutos. Isso cria impacto no investimento da universidade. São verbas cujas reposições são passíveis de serem negociadas, mas que dependem de uma negociação para que esses valores, que foram transferidos de um setor para outro,sejam restituídos”.
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação do Estado informou que foram investidos para 2013, cerca de 900 milhões de reais para as quatro universidades estaduais e que o valor representa um crescimento de 133% em relação a 2006. A Secretaria disse ainda que as universidades têm autonomia para administrar o recurso fornecido de acordo com as necessidades administrativas.
Com informações do repórter Ed Santos do programa Acorda Cidade.
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