Enquanto a Prefeitura de Feira de Santana, através da Secretaria Municipal de Educação, realizava na manhã desta quarta-feira (19) visita em várias escolas, no sentido de observar o funcionamento das unidades de ensino, um grande grupo de professores se concentraram em frente a prefeitura em mais uma manifestação.
A categoria alega que o Governo Municipal transmitiu informações evasivas sobre a implantação do novo Plano de Carreira do Magistério, melhorias de escolas e de assistência ao aluno, e durante o movimento distribuiu uma "Carta à comunidade" declarando que o "Governo Municipal ditou atitudes ameaçadoras, desde a demissão de professores em estágio probatório, estagiários e até corte dos dias parados, desrespeitando a Constituição Federal do Brasil que consagra o direito de greve ao servidor, independente de qualquer situação trabalhista. Substituindo, o efetivo diálogo, mediante o estabelecimento de datas". (Leia a carta na ítegra clicando aqui).
De acordo com informações da Secretaria Municipal de Comunicação, os professores faltosos terão o ponto cortado, o que pode, inclusive, repercutir na concessão de alguns benefícios funcionais, a exemplo da licença prêmio e das férias, para evitar prejuízos à classe estudantil.Embora os docentes tenham se movimentado, o secretário de Educação, José Raimundo Pereira de Azevêdo, assegura que as escolas estão abertas e, inclusive, 60% das unidades na sede e zona rural funcionam normalmente.
O prefeito Tarcízio Pimenta sancionou a lei que autoriza o reajuste salarial dos servidores da Prefeitura de Feira de Santana na tarde de terça-feira (18). O projeto foi votado e aprovado por unanimidade na Câmara Municipal. Apesar do compromisso assumido pelo Governo Municipal, os professores mantiveram a greve. Um segundo projeto garantindo à categoria um percentual de reajuste de 1,69%, sobre o já aprovado 4,31%, em substituição ao vale-refeição, seria enviado à Câmara para votação. Esse novo percentual incidiria sobre os vencimentos de todos os 1.700 professores da rede municipal.
Andréa Trindade com informações da Secom