Daniela Cardoso

Trabalhadores de empresas que prestam serviço para o estado no setor de educação estão cobrando salários atrasados, além de outros direitos. O presidente do Sindicato de Limpeza Pública e Terceirizados, Rossalvo Ferreira, contou que três empresas não pagam os vencimentos há dois meses.

“Acho que muita gente sabe o que está acontecendo, mas temos que fazer um ato público para chegar ao conhecimento da comunidade de Feira de Santana, das direções, do governo estadual, para a gente buscar uma solução, pois não é correto essas empresas fazerem desses trabalhadores escravos. Essas empresas estão dentro dos colégios estaduais de Feira de região”, afirmou.

De acordo com o sindicalista, os trabalhadores não têm direito a fazer manifestação e têm que continuar trabalhando sem receber o salário e os benefícios. Segundo ele, a maioria das pessoas trabalha no setor de limpeza e copa.

“O procedimento das três empresas é igual. Tem empresa que está há dois meses sem pagar, tem outra que está há um mês e quando a gente entra em contato com elas, somos informados que o governo deve várias faturas e que só vão pagar os trabalhadores quando elas receberem, mas o trabalhador não é funcionário do estado e sim das empresas. Então elas têm que pagar”, protestou.


Rui discute novo formato de contratos terceirizados na área da Educação

 O governador Rui Costa se reuniu esta semana com equipe da Secretaria da Educação, para reavaliar todos os contratos de terceirizados e redefinir novos modelos de contratação no Estado. “Em relação à terceirização, eu não estou satisfeito com a prestação de serviço, com a forma e o volume de contratações. Durante a reunião, tomei uma série de decisões para garantir novas licitações e um novo formato de contratação de serviços para a área da educação. Os novos editais devem sair no máximo em duas semanas”, adiantou Rui.

Outros encontros serão realizados pelo governador, por grupo de secretarias, com a presença da Procuradoria Geral do Estado (PGE), e dos secretários da Administração, Edelvino Góes, e da Fazenda, Manoel Vitório. O objetivo é analisar contrato por contrato.

De acordo com o governador, ao invés de cada pasta ter um contrato de vigilância, de limpeza e outras áreas, o Centro Administrativo da Bahia (CAB) terá contratos unificados na Secretaria da Administração (Saeb), para atender todas as secretarias e órgãos. “Farei uma grande mudança nessa área de contratação de terceirizados. O formato atual não interessa aos trabalhadores, não interessa à população, porque custa caro, penaliza o serviço e fica extremamente oneroso para o Estado”.

As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade