Daniela Cardoso
A secretária de Educação, Jayana Ribeiro, afirmou ao Acorda Cidade que o município vai manter o corte nos salários dos professores que participaram da greve da categoria. De acordo com a secretária, foram 17 dias de greve e o município fez o corte de cinco dias por considerar o período que foi da greve nacional. Posterior a esse período, conforme a secretária, houve suspensão da greve na rede estadual e manutenção na rede municipal, por isso o governo decidiu cortar o ponto dos professores.
“O corte está mantido e isso foi uma determinação do governo no período da greve. Nós sinalizamos isso, o prefeito deu entrevista sinalizando essa decisão e os professores estavam cientes de que esse corte seria feito. Não tem porque ter pressão, se não trabalhou não recebe o salário. Pagamos os salários com os dias cortados, e isso vai ser mantido. Depois que os professores fizerem toda a reposição das aulas, a gente pode pensar em restituir esse valor”, destacou Jayana Ribeiro.
A diretora da APLB-Feira, professora Marlede Oliveira, disse que a secretária de educação está equivocada com a decisão de cortar o ponto. Marlede voltou a dizer que se o município não pagar os dias cortados, os professores não vão fazer a reposição das aulas, impossibilitando a finalização do ano letivo.
“Se não houver reposição não tem ano letivo. Além disso, existe uma decisão do Supremo sobre corte de salário, que diz que isso só pode acontecer se o governo tiver em dias com a categoria. No governo municipal de Feira existem duas ilicitudes. Primeiro a data base do salário, que era janeiro, e a gente fez a greve em março, então o governo estava ilegal. Segundo é o plano de carreira de Feira que é de 92 e deveria ter sido reformulado desde 2009”, disse.
Marlede disse que o sindicato vai até o Ministério Público para resolver a questão do ano letivo da rede municipal. “Se o governo estivesse certo, teria ido para a Justiça pedir o julgamento da greve para saber se era legal ou ilegal, mas ele não foi porque estava fora da lei”, afirmou.
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Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade