Laiane Cruz e Ney Silva
O reitor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Evandro Nascimento, avaliou, em entrevista ao Acorda Cidade, a colocação da instituição de ensino no Ranking Universitário da Folha de S. Paulo (RUF) de 2016, divulgado na última segunda-feira (19).
A Uefs ficou da 64ª posição do ranking, e foi a segunda colocada na Bahia. O levantamento avalia as universidades com base em cinco indicadores: qualidade do ensino, professores em dedicação total e parcial; pesquisa científica; inovação e internacionalização.
No ranking deste ano a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) ficou na 65º colocação, a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) na 104ª posição e a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) em 93º lugar. Em 2015, as mesmas instituições de ensino surgiram nas 63ª, 79ª, 81ª colocações, respectivamente, ou seja, todas caíram posições.
Segundo o reitor, os dados demonstram que a Uefs permanece consolidada como a segunda universidade mais bem avaliada da Bahia. No ano passado, a instituição ficou na 60ª posição e, este ano, subiu para a 64ª.
“No item pesquisa foi mantida a mesma pontuação do ano passado, 50ª posição. No item percepção de mercado sobre a qualidade dos profissionais, nós subimos de posições esse ano com relação ao ano passado. E no item internacionalização, o ano passado ficamos na 33ª e, este ano, subimos para a 32ª. Tem melhoria nesses indicadores”, avaliou o reitor Evandro Nascimento.
Sobre a redução no quesito ensino, que caiu da 68ª posição o ano passado para 79ª este ano, Evandro Nascimento informou que o que compõe o índice de ensino são quatro subindicadores: a quantidade de mestres e doutores no corpo docente, a quantidade dos professores que têm dedicação exclusiva à universidade, a nota do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e a avaliação do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) sobre as universidades.
“Tivemos redução nesses índices da quantidade de mestres e doutores”, explica. “Isso porque nós estamos tendo um número considerável de aposentadorias, sobretudo de doutores, e não está havendo autorização de concurso para substituição por outros doutores. Nós diminuímos a pontuação nesse quesito, o que provavelmente está impactando no indicador maior ensino”, justifica.
Para o reitor, o ranking produzido pelo Grupo Folha não pode ser tomado como a única forma de avaliar uma instituição de ensino superior. De acordo com ele, o mais importante é como a comunidade regional avalia o desempenho das universidades, a sua relevância social e o quanto ela contribui para o desenvolvimento regional de onde ela está inserida.
“Nesse aspecto a Uefs sempre cumpriu e continuará cumprindo a busca da excelência e da qualidade. Por isso acredito que a comunidade feirense e da região reconhecem a relevância e importância, sua qualidade, embora estejamos em momento adverso por conta de limitações orçamentárias, mas é um compromisso perseguido a longo prazo”, ressaltou Evandro Nascimento.
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