Invento científico

Quibe com fibra de Caju é a nova aposta de estudantes da Uefs

Análise sensorial do produto acontece nesta terça-feira (05) a partir das 10h

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Estudantes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) estão desenvolvendo um novo produto que se propõe a ser uma das maiores inovações do gênero na região Nordeste do Brasil. Diferente daquilo que já está presente no mercado convencional, o Quibe com fibra de Caju é a grande aposta de 9 estudantes do curso de Engenharia de Alimentos da respectiva universidade.

A ideia surgiu, segundo o grupo, para cumprir uma atividade da disciplina Desenvolvimento de Novos Produtos – ministrada pela professora doutora Jean Márcia Mascarenhas. Nela os alunos são desafiados a criarem um novo produto desde a ideia primária, passando pela questão de embalagem e rotulagem; testes em laboratórios e até a análise sensorial com público.

Na defesa da ideia, os estudantes argumentaram que no Nordeste brasileiro, onde há grandes cultivos de caju, as fibras geralmente servem para duas coisas: produção artesanal de doces ou ração animal. A castanha do caju é parte comercializada e a polpa, aproveitada para sucos, mas a fibra, mesmo possuindo alto valor nutritivo, ainda é descartada na região.

Em virtude disto, as estudantes pensaram numa forma de aproveitar a fibra extraída do caju para criarem um produto que ao mesmo agradasse ao paladar e que também trouxesse benefícios à saúde, já que o alto teor de fibras pode melhorar o funcionamento do intestino e dificultar a assimilação de gorduras e toxinas, além de contribuir para o aproveitamento de nutrientes para o próprio corpo. “Nossa ideia era substituir de forma parcial a carne utilizada no quibe. Só que, nos testes, conseguimos substituir 100% da carne por fibra do caju, o que nos deixou bastante felizes”.

Para concluir a última etapa de concepção do produto, os estudantes vão realizar nesta terça-feira (05) uma análise sensorial em dois horários: das 10 às 12 horas e das 13 às 17. Na análise é esperada cerca de 100 pessoas. Lá, no Labotec-2, que fica no módulo 3, o público vai definir o nível de aceitação e a intenção de compra do produto.