Para o escritor George R. R. Martin: um leitor vive mil vidas antes de morrer, mas o leitor só as vive pois o autor as escreveu. Amanhã, 25 de julho, é dia de celebrar estes mestres e mestras das palavras, criadores de mundos. É momento de reconhecer a capacidade única de quem transforma pensamentos em histórias que atravessam gerações. Mais do que profissionais da escrita, são pontes entre sonhos e realidade.
Desde antes da invenção da escrita a humanidade sente a necessidade de contar e ouvir histórias, trovas e cantigas. Para pronunciar suas dores, seus amores ou apenas seus afazeres, tornando impossível determinar quem veio primeiro, o escritor ou o leitor. “A literatura encanta, diverte, me leva para os mundos que gostaria de estar sem sair do meu conforto! Me faz pensar e me torna uma pessoa bem melhor. Escrevo porque leio e ao ler me inspiro também” relata a professora e escritora Nadja Nunes.
Para a escritora Regina Luz um fator importante a tornou uma criadora de mundos: a afetividade. As histórias contadas por sua avó despertaram sua curiosidade pela leitura que logo foi se aproximando também da escrita. “A partir das narrativas de minha avó, eu passei a ler tudo que me caía nas mãos, e meu encantamento foi crescendo cada dia mais”, conta.
As baianas Nadja Nunes e Regina Luz são professoras e escritoras de livros infantis agenciadas pelo Studio Palma. Nadja já publicou seis livros, sua primeira obra foi lançada há 15 anos, motivada pela vontade de contar histórias para a neta. Ela, que já escrevia textos acadêmicos, mergulhou na literatura infantil e, desde então, segue desbravando-a. Regina Luz sempre esteve muito próxima da escrita desde a alfabetização, mas a motivação cresceu com o desejo de denunciar as mazelas da sociedade.
A escritora Regina Luz defende que a literatura, além de entretenimento, é espaço para o ativismo social. E a literatura infantil pode contribuir com mensagens de reflexão e desconstrução de preconceitos. “As possibilidades de mudança começam a florescer na infância. É nesse período fértil que a terra está preparada para ser semeada. As crianças absorvem com mais sinceridade o que eu levo de mensagem, por isso acredito na infância”, destaca a educadora.
As escritoras baianas entendem a escrita como uma forma de afirmação e poder, a possibilidade de libertar emoções, propagar ideias e, sobretudo, dar voz a pautas esquecidas, a populações minorizadas.
“Ser escritora é se dedicar a escrever suas ideias para encantar, informar e transmitir o conhecimento ao leitor. Este escritor de quem falo aqui é o que entrega ao vento a imaginação, o fantástico, a fantasia e escreve histórias para conhecermos novos mundos, sem sair do lugar”, define Nadja Nunes. A escritora Regina Luz emenda sobre o poder da escrita. “Quando escrevo e sei que serei lida, compreendo que posso transformar o mundo. E isso me fortalece na esperança de dias mais honestos para todos e todas”, conclui.
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