Daniela Cardoso e Ney Silva
A secretaria municipal de Educação lançou os Programas ‘Se Liga’ e ‘Acelera Brasil’, em parceria com o instituto Ayrton Senna. Esses programas visam corrigir a distorção idade-ano e a previsão é beneficiar 1.600 estudantes até o ano de 2018. A gerente do projeto, professora Neuma Lopes, explica que esses programas vêm dando resultados em várias cidades do Brasil.
“Estamos há 20 anos com esses programas implantados em diversas cidades. Já tivemos cidades que venceram a distorção idade-série e temos cidades que estão ingressando agora no projeto, como Feira de Santana. A proposta é de pegar o estudante que está atrasado e alfabetizá-lo, no caso do programa ‘Se Liga’, que pega alunos não alfabetizados mesmo estando em séries mais avançadas. Já o projeto ‘Acelera’ pega os meninos que estão alfabetizados para tentar desenvolver conhecimentos para que ele possa ir para a série mais próxima da sua idade. Ele pula anos letivos, faz dois ou três anos em um”, explicou.
A professora Neuma Lopes destacou que esse atraso dos alunos no ano escolar, acarreta diversos problemas para eles e para o sistema escolar. Ela cita exemplos. “Se a gente falar do ponto de vista do aluno, ele vai ficando desestimulado, pois vai ficando o maior da turma e vai amargando múltiplas repetências e se sentindo incapaz. Para o sistema escolar é um menino que está parado e isso enche a escola, não abre vagas para os que chegam. Isso cria a necessidade de construir novas salas de aula”.
A diretora de ensino da secretaria municipal de Educação, professora Josélia Araujo Oliveira, explica por que houve a necessidade de se implantar esses programas na rede de ensino de Feira de Santana.
“Temos um percentual alto de alunos em distorção idade-ano. A secretaria de Educação abraçou uma parceria com o instituto Ayrton Senna para dá conta dessa distorção, que ocorre por fatores diversos. São alunos que estão repetindo dois anos seguidos na mesma série. Como isso tem acontecido com frequencia na rede, houve a necessidade de investir nesses programas” afirmou.
De acordo com Josélia Araujo, os professores, durante uma semana, terão uma formação de 20 horas para ter conhecimento de todo o processo de acompanhamento, compreender melhor a metodologia e poder continuar nas salas de aula com o trabalho específico. Ela destacou ainda que ao longo do ano letivo eles terão outras formações para desenvolver um trabalho pedagógico consciente.