Educação

Professores e universitários fazem ato público em Salvador

De acordo com o movimento, o governo propõe incorporar a gratificação de Condições Especiais de Trabalho (CET) de 70% do salário base com a condição de a categoria não protestar por quatro anos. Os docentes não aceitam essa cláusula.

Acorda Cidade

Professores e estudantes das universidades estaduais protestam, na manhã desta sexta-feira (3), em frente à Fundação Luiz Eduardo Magalhães, onde o governador Jaques Wagner participa de um evento na área de saúde ao lado do ministro Alexandre Padilha. Com faixas e bandeiras criticando a atual gestão do Estado, o grupo tenta pressionar o governo a reabrir as negociações com a categoria.

Apesar de o governador estar presente no evento, ele não teve contato com os manifestantes, já que entrou, por volta de 10h30, por um acesso pelos fundos do prédio.Mesmo assim, a categoria conseguiu marcar uma reunião com representantes do governo para a tarde desta sexta, às 17h, de acordo com o coordenador da Associação do Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Adusf), que participa do ato público.

"O governo Wagner é arrogante em não abrir negociação com a categoria. Ele rechaçou as negociações e se manteve intransigente em receber nossa pauta. Mas, com esse ato, conseguimos agendar a reunião para hoje de tarde", diz Jean.

Como ainda não houve acordo, professores e estudantes mantêm a ocupação na Assembleia Legislativa da Bahia, iniciada nesta terça (31). "Decidimos ficar por tempo indefinido. Hoje, após a reunião, vamos nos reunir novamente e decidir se permanecemos ou se vamos sair".

De acordo com o movimento, o governo propõe incorporar a gratificação de Condições Especiais de Trabalho (CET) de 70% do salário base com a condição de a categoria não protestar por quatro anos. Os docentes não aceitam essa cláusula.

Eles também pedem a revogação do decreto 12.583, que cortaria verbas das universidades e tiraria a autonomia das instituições.Também há um impasse em relação ao salário dos professores, que estão em greve há 60 dias. A categoria diz que conseguiu uma liminar na Justiça que ordena o pagamento imediato, mas a remuneração ainda não foi liberada. (A Tarde).