APLB - professores da Rede Municipal
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Em assembleia realizada pela APLB Sindicato nesta segunda-feira (17), professores da rede municipal de Feira de Santana definiram a proposta que será encaminhada à Secretaria Municipal de Educação (Seduc) sobre o calendário letivo de 2026. A principal demanda da categoria é a exclusão de aulas aos sábados.

A presidente da APLB, professora Marlede Oliveira, explicou que a assembleia teve como objetivo avaliar a proposta inicial enviada pelo governo.

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Marlede Oliveira | Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“O governo em Feira de Santana envia a proposta da Seduc do calendário para a categoria para a gente discutir aqui porque vai para o conselho. Então, nós discutimos aqui os dias relativo dos 200 dias, a categoria colocou que, quanto mais não tiver [aula] aos sábados, melhor, e é isso que a gente vai levar para a proposta lá da Seduc, para que leve para o conselho, vê como é que encaixa, que prolonga os dias até dezembro, que não tenha sábado, o que for mais possível ser feito isso.”

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Segundo a presidente, além da pauta do calendário, outro ponto discutido foi o acordo sobre os cortes salariais que vinham sendo reivindicados há mais de cinco anos. No último dia 13, um acordo sobre o ressarcimento foi fechado entre o sindicato e a prefeitura.

“O governo já bateu o martelo, o acordo já foi feito, a gente tinha a proposta de R$ 51 milhões e o governo, todo mundo sabe, só ofereceu R$ 16. Nós tínhamos uma comissão de três professores, representantes da base estavam presentes e todo mundo lá concordou, já que tem 5 anos e meio. Ou recebia esse dinheiro aí, que não era o desejo nosso ou então ia levar para o precatório, e não é isso que a gente quer, passar mais 30 anos para receber esse corte de salário que foi feito”, explicou Marlede ao Acorda Cidade.

APLB - professores da Rede Municipal
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Marlede também destacou que, apesar de a categoria não concordar com o valor, o processo trouxe um reconhecimento importante das lutas dos professores. “O ganho que nós temos, que eu quero aqui reafirmar desse processo nosso, foi o ganho político de dizer que o governo vivia desgastando a entidade, dizendo que a gente queria que pagasse hora extra e provou que não era hora extra e que não era deslocamento, que era gratificação. Então isso foi reconhecido pela Justiça.”

Com o acordo encerrado, a categoria agora volta suas atenções para outras reivindicações como enquadramento dos professores, mudando de referência, reformulação do plano de carreira. “É essa pauta que a gente quer discutir agora para 2026.”

APLB - professores da Rede Municipal
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Questionada sobre a possibilidade de o governo acatar a demanda de excluir aulas aos sábados, ela afirmou que a decisão final caberá ao Conselho Municipal de Educação. “O governo mandou essa proposição, mas nós vamos aguardar como é que vai ser mesmo feito no Conselho Municipal de Educação, porque é o conselho que define, que dá o veredito final.”

A categoria agora aguarda o posicionamento oficial da Seduc e do Conselho para confirmar o formato do calendário escolar de 2026.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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