Andrea Trindade
Os professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) aprovaram greve por tempo indeterminado, durante assembleia realizada na quinta-feira (7), no anfiteatro do módulo II. De acordo com a Associação dos Docentes da Uefs (Adufs), o movimento paredista, que começa na próxima segunda-feira (11), contou com 118 votos a favor, 25 contrários e 12 abstenções.
Na assembleia, conforme informações da associação, os professores definiram também pelo fechamento do pórtico da instituição às 8h de segunda-feira para reforçar a proposta do movimento junto à comunidade acadêmica. Nesta sexta (8), as Associações Docentes das quatro universidades protocolam documento na Governadoria, Secretaria da Educação (SEC) e reitoria das universidades, informando sobre a decisão da categoria e exigindo o cumprimento da pauta de reivindicação.
Os professores reivindicam “a revogação da lei 7176/97; a destinação de, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Impostos do Estado da Bahia para o orçamento anual, com revisão do percentual a cada dois anos, de tal forma que o orçamento do ano não seja inferior ao executado no ano anterior; ampliação do quadro de vagas para professores e a desvinculação das classes; respeito aos direitos trabalhistas dos docentes; aumento nos incentivos do Estatuto do Magistério Superior; além do pagamento do reajuste linear com reposição integral da inflação”, informa a Adufs.
O professor Paulo Pontes, coordenador de Desenvolvimento do Ensino Superior da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, informou que o Governo do Estado ampliou em mais de 145% o orçamento para as quatro universidades estaduais de 2007 a 2015, passando, neste período, de R$ 460.726.000,00 para R$ 1.126.500.000,00”.
“Em 2014, as Ueba não foram pautadas, mas a expansão das universidades federais na Bahia teve ampla repercussão. O prazo do governo para negociar já foi dado, mas ele não se mostrou disposto a atender as reivindicações”, disse Edson do Espírito Santo, diretor da Adufs.
Ainda segundo a associação dos professores, “durante a assembleia, ainda foi formado o Comando de Greve e eleitos os membros. O grupo se reúne no final das atividades do dia 11 para definir os próximos passos da luta, que serão discutidos na reunião do Fórum das ADs, a ser realizada no dia 13 de maio, às 14h, na Aduneb. Ainda como encaminhamento, será levada ao Fórum, a proposta de convocação de nova rodada de assembleias dois dias após a reunião com o governo, marcada para dia 19 de maio”.
A pauta do Movimento Docente (MD) foi protocolada nas secretarias estaduais da Educação (SEC), das Relações Institucionais (Serin) e da Administração (Saeb), além da governadoria. O governo demorou cinco meses para dar uma resposta que, infelizmente, não apresentou avanços.