Assembleia

Professores da Uefs decidem continuar greve

O movimento poderá terminar na próxima sexta-feira (10), se o governo assinar um acordo com as universidades. Segundo o professor Jocelho Dantas, 'a greve só termina com a assinatura do acordo'

Roberta Costa

Na tarde desta terça-feira (7), os docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), se reuniram no anfiteatro do módulo II da universidade para discutir o movimento. Foi acordado entre os docentes que a greve poderá ter um fim na próxima sexta-feira (10), quando será feita uma reunião com o governo do estado para a assinatura do Termo de Acordo Salarial e o Termo de Compromisso sobre o Decreto 12.583/11 forem assinados.

O Termo de Acordo Salarial garante a incorporação da gratificação CET (Condições Especiais de Trabalho) ao salário-base até 2014, especificando índices e cronograma até outubro de 2012 e prevê nova negociação em janeiro de 2013. O ponto principal do impasse, a cláusula que restringia outros ganhos salariais por quatro anos, foi mantida, mas foi reduzida para dois anos.

Segundo o professor Jocelho Dantas, coordenador da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Adufs), “a greve só termina com a assinatura do acordo”. Se o acordo não for firmado na sexta-feira, uma nova assembleia está prevista para segunda-feira (13) para avaliar o movimento.

“Essa é a forma que o movimento arranjou de fazer com que o governo cumpra suas promessas. Com a assinatura do acordo não tem como voltar atrás. Nós temos o pior salário do Nordeste. Só depende do Governo agora manter a palavra para que a greve termine”.

Representação contra o Governo
A Adufs entrou com uma representação criminal contra o governo do estado, para que o salário dos professores grevistas seja devolvido. “O governo de Jaques Wagner é um governo fora da lei. Não respeita o direito de greve, não respeita os acordos feitos”, finalizou Jucelho.

“Em todo esse período da greve, o governo Jaques Wagner só deixou mais claro a sua postura intransigente e de descaso para com a Educação Superior. Só conseguimos chegar a um acordo após quase 60 dias sem aula, uma ocupação na ALBA e diversas outras manifestações. Esse acordo é fruto da nossa luta, não só por melhores condições de trabalho, mas por uma Universidade pública, autônoma e de qualidade”, ressalta.

Histórico da greve
A greve teve início no dia 11 de abril na Uefs, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) no dia 08 de abril e na Universidade do Estado da Bahia (Uneb) no dia 26 de abril.  Inicialmente, as reivindicações eram pela incorporação imediata da gratificação CET ao salário-base e a revogação do Decreto 12.583/11.

As informações são do repórter Ed Santos do programa Acorda Cidade