Laiane Cruz e Paulo José
Os professores da rede municipal de ensino realizaram uma assembléia na tarde de ontem (23) e decidiram realizar um protesto amanhã (25) contra a PEC 55, que limita os gastos públicos durante vinte anos, incluindo as despesas com saúde e educação, que serão fixadas com base na inflação.
Segundo a diretora da APLB, sindicato que representa os professores, Marlede Oliveira, a mobilização ocorrerá a partir das 8h30. Ela informou que durante a reunião também ficou aprovado que a categoria não irá começar o ano letivo de 2017, caso o projeto que reformula o plano de carreira não seja levado para votação na câmara de vereadores.
“Feira tem um plano antigo, que é de 1992, precisa ser reformulado, e a lei nos garante a reformulação desse plano. Os professores de Feira de Santana não têm garantido a regência de classe, a formação continuada; várias categorias da educação têm isso, com valorização profissional, e aqui em Feira não tem”, afirmou a sindicalista.
Marlede Oliveira informou também que está marcada outra mobilização, na próxima segunda-feira (28), na Câmara de Vereadores, para pedir o apoio dos edis contra a obrigatoriedade do uso do cartão de passagem Via Feira pelos servidores do município. Conforme, a presidente da APLB, o prefeito, após uma mobilização dos professores, aprovou um decreto garantindo que o vale-transporte seria pago em dinheiro, mas agora voltou atrás da decisão.
“Ele voltou atrás do decreto. Então nós nos reunimos com outros profissionais de outras entidades sindicais e segunda-feira, a partir das 8h, todos vão para a câmara para pegar o apoio dos vereadores, porque eles precisam mostrar apoio ao povo de Feira de Santana. Não dá para o prefeito querer favorecer os empresários. Ele fez um acordo com as empresas (de ônibus) e isso vai prejudicar os funcionários”, protestou Marlede Oliveira.