Educação

Os alunos de Arquitetura dedicam em média 22,2 horas por semana para os estudos

A pesquisa americana. Como funciona no Brasil?

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Bárbara Maria 

Planejar, projetar e desenhar espaços urbanos são as principais funções dos Arquitetos. E se engana quem pensa que essa rotina intensa de trabalho só surge após a graduação. Um estudo feito pela Universidade da Indiana, nos Estados Unidos, apontou os estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo como os que mais precisam estudar até conquistar o diploma.

Segundo a pesquisa, os estudantes de Arquitetura dedicam, em média, 22,2 horas por semana de preparação – sem contar o tempo em sala de aula – o que representa 2,5 horas a mais comparando com qualquer outro curso. Os números representam a quantidade média de tempo gasto para se preparar para a aula por semana, incluindo ler, escrever e fazer trabalhos em casa ou no laboratório.

A estudante Janaina Ferreira Leandro, 22 anos, está no segundo semestre do curso de Arquitetura e estuda de cinco a oito horas por dia mas conta que, em fim de semestre, já passou 14 horas estudando. “A arquitetura tem como base três pilares do conhecimento humano: a arte, a ciência exata e a humana.

Portanto, o seu estudo exige além do aprimoramento teórico, a prática, o exercício do desenho e o uso da informática. E tudo isso, demanda um tempo significativo e muita dedicação”, analisou Janaina.

A universitária decidiu que iria estudar Arquitetura porque se identifica com as três áreas exploradas pelo curso. E, além disso, por ser uma profissão que trabalha muito com a estética e tem grande possibilidade de ser exercida fora do país. “Acredito que, em qualquer curso, quando o aluno se dedica e quer verdadeiramente ser bom naquilo que faz, termina exigindo muito. Mas como a Arquitetura é um curso bastante abrangente, a exigência é diretamente proporcional”, conclui.

No ranking dos cursos com maior exigência de dedicação, após Arquitetura, Engenharia e Física são os que mais demandam tempo de estudo. Para chegar a essa conclusão, a Universidade da Indiana conduziu a pesquisa com estudantes novatos e veteranos. No Brasil, não há estudo semelhante para fazer um paralelo condizente com a realidade do país mas quem trabalha com Arquitetura confirma a constatação da pesquisa.

Formado há sete anos em Arquitetura e Urbanismo, Lucas Casé Góes, 35 anos, sempre trabalhou com projetos de diversos mas, na maioria, de reforma. E por conta da sua experiência, ele concorda com o resultado da pesquisa. “O tempo usado para produção de projetos, principalmente suas peças gráficas, como maquetes e 3D, demanda sim, muito tempo dos alunos”.

Desde jovem, Lucas já se interessava por essa área. A influência positiva veio de familiares que atuavam na área. Não deu outra: seguiu a carreira que sempre se identificou. Em sua época de graduação, precisava conciliar os estudos para atender as demandas de dois cursos, Arquitetura e Urbanismo. “A forma de conceber o espaço até hoje me exige muito como profissional. Como estudante, com menos experiência e menos recursos, muita energia era requerida para as atividades acadêmicas. As disciplinas solicitavam leituras de textos para debates, seminários e resenhas, como há na maioria dos cursos. Além disso, as disciplinas de projeto, desenho técnico, instalações, entres outras, nos exigiam a produção de peças gráficas, maquetes e muito esforço”, assegurou.

Prepara-se para a área

As principais características de um estudante de arquitetura são a curiosidade, criatividade e vontade de aprender. É durante o curso que estas características afloram. Os graduandos aprendem a desenhar, desenvolver projetos e colocar toda a sua habilidade artística e criativa para funcionar.

Por esse motivo, durante o curso serão feitos uma grande quantidade de pequenos projetos, sejam eles, de desenho, conceito artístico e até mesmo maquetes – em geral, os projetos preferidos dos estudantes. Estes projetos compõem aproximadamente 20% do curso e serão a base da formação do futuro arquiteto.

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