
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025 já está chegando e com ele vem a ansiedade dos estudantes que vão realizar as provas nos dias 9 e 16 de novembro. O que pode apenas ser um sentimento, pode atrapalhar o desenvolvimento dos alunos durante o exame, como explica a professora de meditação, especialista em Reiki, Adriana Fialho.
A professora esteve no Programa Acorda Cidade, da Rádio Sociedade News 102.1 FM, para apresentar um pouco do trabalho “Estar no momento presente: o antídoto para a ansiedade” e deu detalhes sobre essa doença que tem afetado muitos os jovens, principalmente, depois da pandemia da covid-19.
“Ansiedade é aquele estado que nos leva a não estarmos no momento presente. A gente está adiantado, digamos assim. Existe uma chamada ansiedade natural, fisiológica. Quando eu estava ali na sala da recepção, senti um certo desconforto, dá aquela ansiedade. Mas existe a chamada ansiedade patológica, aquela ansiedade crônica que pode até se transformar num transtorno de ansiedade. É aquele estado em que a pessoa não consegue sair, então ela está sempre preocupada, pensando no que vai acontecer. Então, ela vive nesse estado de sobressalto, inclusive trazendo até alguns sintomas físicos.”
Entre os sintomas físicos, a terapeuta apontou palpitação, falta de ar, tensão muscular, dores de cabeça, garganta seca, sudorese, suor frio, entre outros. Depois da pandemia da covid-19, com o isolamento social, a terapeuta reforça que esse estado de adoecimento aumentou ainda mais.
“A galera que vai fazer o Enem, os estudantes, eles vivem nesse estado constante de ansiedade, essa preocupação antes de chegar o momento. Vai tirar o aluno daquele estado da presença. Ele não vai estar ali na prova.”
E o medo é o principal responsável por paralisar uma pessoa em estado de ansiedade. “O medo ele nos leva para um estado em que eu não me percebo. Então, eu posso ter medo de não ser reconhecido, de não ser aprovado, do julgamento, medo do que vão pensar de mim; O medo de não fazer uma boa prova, de ser criticado por meu pai ou por minha mãe se eu não for bem na prova. Então assim, o medo é quem está por trás da ansiedade”, disse a terapeuta ao Acorda Cidade.
Antes de fazer a prova, a terapeuta indica que os estudantes reflitam e pensem: “Do que você tem medo?”

“Quando ela já aparece com esses sintomas físicos em que a pessoa não consegue reverter. É preciso também olhar para isso, porque muitas vezes ela pode ultrapassar o limite do que é a ansiedade e já entrar numa outra síndrome, que é a chamada síndrome do pânico. Então, o convite é, você estudante do Enem que você possa se observar, o que você sente, que tipo de pensamento está passando por sua cabeça e por que observar, porque nós somos seres humanos. E o que nos diferencia dos chamados animaizinhos, os nossos irmãos animais inferiores, é justamente a nossa capacidade de discernir, de escolher, de observar.”
No momento em que a ansiedade mais bater é importante buscar algum tipo de recurso que traga a pessoa para o momento presente e segundo Adriana, a melhor forma de fazer esse resgate é respirando.
“Simplesmente respira. Uma respiração terapêutica, como a gente fala. Você faz três inspirações mais profundas e longas e três expirações mais profundas e também longas. Quando eu inspiro, eu puxo o ar para dentro mas não de qualquer forma. Observe que quando a gente está em um estado de ansiedade, de estresse, a nossa respiração é mais alta, ela está aqui na caixa torácica. A ideia é fazer com que você traga essa respiração mais para baixo. Você inspira profundamente e solta.”
O ato de respirar traz vários benefícios imediatos que podem ser percebidos até mesmo durante a prova. Está nervosa, a ansiedade está tomando conta no momento da prova? Respira.
“Faz com que o seu cérebro se oxigene, você gera uma circulação maior na sua área cerebral e simplesmente você sente até fisicamente, é como se o couro cabeludo experimentasse algum tipo de refrigério, de frescor. E aí você chega no momento presente. Então, respirar e observar a respiração é uma das formas que faz com que a gente volte ao equilíbrio emocional.”
Adriana ainda trouxe orientações adicionais que podem ajudar os estudantes antes da prova, como não perder noite de sono, fazer uma boa alimentação antes, durante e depois da prova.
“Na semana, pelo menos, que antecede o Enem, você também observar quanto tempo você está na tela. Porque observe, a gente rola lá o feed do Instagram, do Facebook, que seja, TikTok. Muda tão rapidamente, as suas conexões cerebrais ficam doidinhas, sem saber em que eu estou prestando atenção. Então, isso cientificamente comprovado, quem fica muito tempo na tela, ele vai viver em um estado de ansiedade muito maior. Então procurar reservar momentos e se dedicar mesmo a cumprir coisas que te tragam o bem-estar. Boas horas de sono, boa alimentação, prática do lazer, atividade física é sempre importante.”
Outra dica para manter a calma vem dos ensinamentos do espírita, que diz que em momentos de aflição, não é bom reagir de imediato e sim manter a calma. “Quando a gente se ver nesses momentos de desespero que a gente beba a aguinha da paz, que é você colocar água na boca e o tempo de você deglutir a água é aquele tempo que você tem para refletir, ou seja, não reagir imediatamente. Porque o ansioso também fica nesse estado de reagir muito rapidamente. Reflete, conta até 10, não reage imediatamente. E se concentra naquilo que você sabe.”
“Agora falando diretamente para quem vai fazer o Enem. Confia na sua capacidade, confia que você vai estar bem preparado. E se conecta com você mesmo, com a sua respiração, com o seu mundo interno. E não com o que está lá fora. No momento da prova, é você com você mesmo.”
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