BárbaraMaria
Viver em um espaço confortável e que desperta uma sensação agradável é um desejo universal. Os responsáveis pelo planejamento, coordenação e construção de espaços internos e externos, de acordo com critérios de estética, conforto e funcionalidade são os arquitetos e urbanistas que por mais de 50 anos lutaram pela regulamentação da profissão. Hoje (01.07), é comemorado o dia Mundial da Arquitetura e, ainda que em 1996, a União Internacional dos Arquitetos (UIA) tenha mudado a data para toda primeira segunda-feira de Outubro, a maioria dos países ainda comemora esse dia na data original.
No ano passado, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) lançou o Anuário de Arquitetura e Urbanismo 2016 que unificou todas as informações sobre as atividades do setor. Com os dados, foi possível verificar, que nos últimos cinco anos, houve um crescimento de 47% de trabalhos realizados por esses profissionais. O número de arquitetos e urbanistas também cresceu. Em 2016, eram mais 140 mil profissionais – número 36% maior que em 2012.
Na Bahia, existem 4.437 profissionais dessa área e 679 empresas do ramo. O número de arquitetos e urbanistas também subiu 36% em relação a 2012. E, quando se trata de gênero, a maioria dos profissionais que atua no estado são homens – o equivalente a 60%. Em todo país, a predominância é feminina e jovem – 62% dos profissionais são mulheres e quase 60% têm menos de 40 anos. A expectativa é que, nos próximos anos, essa expansão seja ainda maior, uma vez que a quantidade de cursos de Arquitetura e Urbanismo saltou de 270, em 2012, para 540.
Segundo Gilcinéa Barbosa da Conceição, presidente do CAU/BA, o número de interessados pela área de arquitetura realmente têm crescido. “Observamos que no período de sete anos, a partir da criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, o número de profissionais na Bahia duplicou e, considerando o aumento constante da quantidade de cursos de Arquitetura e Urbanismo ofertados em todo o estado da Bahia, podemos afirmar que existe uma demanda que, com certeza, rebate sobre a possibilidade de inserção profissional”, explicou.
Em relação aos desafios da profissão, a presidente do CAU/BA defende que a atuação dos profissionais dessa precisa também abranger as classes menos favorecidas. “É preciso tornar a Arquitetura acessível a toda sociedade, independente de grupos sociais ou nível cultural. A arquitetura revela uma história, um momento, a memória de um lugar. E sabendo que, atualmente, a vida é bastante dinâmica, temos que preservar estas memórias de forma a não engessar o presente”, considera Gilcinéa, lembrando que a tecnologia e o mundo digital devem ser vistos como um aliado neste processo. “A tecnologia não pode ser utilizada como impeditivo ao avanço da contratação do profissional arquiteto, mas sim como um elemento de novas inspirações e de novas técnicas na construção das intervenções arquitetônicas e urbanísticas”, defende.