Feira de Santana

Mães de estudantes reclamam de falta de vagas em escola da rede estadual

A diretora da escola Menino Jesus de Praga, professora Ednalva Ramos, disse que ficou surpresa com a manifestação das mães dos estudantes.

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Daniela Cardoso e Ney Silva
 
Um pequeno grupo de mães procurou, na manhã desta quarta-feira (9), a direção da escola estadual Menino Jesus de Praga, no bairro Sobradinho, em Feira de Santana, para reclamar da falta de vagas. A diretora da unidade de ensino, Ednalva Ramos, confirmou que cerca de 80 estudantes ficaram fora do processo de matrícula, depois que a Secretaria Estadual de Educação decidiu acabar com o turno vespertino do prédio anexo.
 

 
A dona de casa Catarina Cordeiro Lopes estava na escola para tentar matricular um filho e não conseguiu. Ela acredita que se voltar a funcionar o turno vespertino no prédio anexo, a situação será resolvida. 

“Estou buscando uma vaga, mas fui informada que não tem e que o colégio está super lotado. Isso ocorreu porque foi fechado o anexo que funcionava à tarde. Meu filho é aluno da casa, mas no final do ano ele foi fazer um teste para jogar bola em Santa Catarina, não deu certo e nós retornamos, porém quando procuramos a escola não tinha mais vagas”, relatou.
 

 
Elza Barbosa dos Santos estava tentando uma vaga para a neta, que está cursando a sétima série. “Pra não deixar ela sem estudar, coloquei em outra escola, só que é muito longe e se surgir vaga aqui, é melhor”, afirmou.  
 

 
A diretora da escola Menino Jesus de Praga, professora Ednalva Ramos, disse que ficou surpresa com a manifestação das mães dos estudantes. “Tenho tentado transmitir a nossa incapacidade de manter tantos alunos na escola. Não temos como acomodá-los. Temos em torno de 830 alunos nos turnos matutino e vespertino e cerca de 300 no período da noite”, informou. 
 
A diretora confirmou que o prédio anexo não está funcionando no turno vespertino, mas disse não saber os motivos. “Isso nos impede de lançar matrículas para esse espaço no período da tarde. Se o espaço voltar a funcionar, pode ser que o problema seja resolvido”. 
 

 
A diretora da Direc-02, professora Nívea Maria Oliveira, esclareceu que o turno vespertino do anexo da escola deixou de funcionar após um reordenamento. Ela garante que os estudantes não vão ficar prejudicados e pede aos pais de alunos que matriculem seus filhos em outras unidades de ensino.
 
“A Secretaria de Educação já tinha sinalizado que o anexo não iria funcionar no turno vespertino, pois temos duas unidades em uma só. Fizemos um estudo e concluímos que os meninos que estavam no anexo à tarde não tinham conforto. A escola não tem como atender a todos esses alunos, e os pais devem procurar outras unidades”, afirmou.