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O grupo de convivência da terceira idade, que participa do projeto Vida Nobre da Faculdade Nobre (FAN), atingiu o expressivo número de 100 idosos beneficiados. A iniciativa busca contemplar pessoas que tenham mais de 60 anos com atendimento biofisicosocial e ações direcionadas ao fortalecimento da autoestima. O projeto de extensão possui uma metodologia que dispõe de atendimento social, contemplando o acolhimento, encontros dialogados, oficinas, ações socioeducativas e atividade física e de lazer. Além disso, o idoso também pode ser encaminhado para serviços como a assistência social, atendimento psicológico, nutricional, entre outros.
O Vida Nobre é coordenado pela vice-diretora acadêmica da FAN Jacqueline Miranda e pelos professores Alfredo Barbosa do curso de Serviço Social e Anderson Campos, de Educação Física. No entanto, a ação pode envolver outras áreas do conhecimento a depender das atividades desenvolvidas. A coordenadora ressalta que o projeto é importante também por criar um espaço propício para o estágio supervisionado para acadêmicos de diversos cursos da FAN. “Além do estágio, implanta um ambiente próprio para reflexão crítica, investigação e pesquisa nas diversas áreas envolvidas”, completa Jacqueline.
Formação acadêmica
Os estudantes da instituição, por meio do estágio e de atividades promovidas em sala, participam, colaboram e desenvolvem suas capacidades sob a orientação e supervisão docente. Para a estudante do curso de Nutrição Daiane Silva, sexto semestre, é gratificante saber que o Projeto Vida Nobre é aberto para práticas acadêmicas. Dessa forma nós ganhamos em experiência profissional e contribuímos com a sociedade por meio do conhecimento aprendido em sala de aula.
De acordo com o professor Anderson, hoje, o projeto, além de contar com o envolvimento de estagiários, também recebe o apoio de alunos voluntários. Ele explica que as ações são integradas. “A parte fisiológica é feita por estudantes de Educação Física. Já os alunos do curso de Fisioterapia participam com o estudo de sintomas osteomusculares e os discentes de Nutrição colaboram oferecendo educação nutricional”, afirma.
O professor esclarece que o maior problema do envelhecimento é a perda de massa muscular, chamada de sarcopenia. “É a perda degenerativa de massa e força nos músculos com o envelhecimento. Cerca de um terço da massa muscular perde-se com a idade avançada (cerca de 1% ao ano, a partir dos 65 anos de idade). Essa perda de massa reduz a força muscular”, explica. Para prevenir uma série de problemas que acarretam o idoso por esse processo de Sarcopenia, o projeto Vida Nobre oferece a intervenção com o treinamento de força.
“O treino serve para amenizar esses problemas e possibilitar o ganho em força, que é nossa prioridade no projeto. Nós temos o caso de uma idosa de 91 anos que tinha diminuído sua capacidade funcional, que quando ela chegou aqui ela praticamente precisava de ajuda para andar e em três meses de treinamento ela já faz tudo sozinha, então, essa evidencia já nos aponta um avanço”, conta Anderson.
Grupos de Pesquisa
Segundo o professor de Educação Física, a Faculdade Nobre sai na frente das instituições privadas da cidade porque estimula a produção científica dos alunos. “Dentro desse projeto de extensão, nós trabalhamos com grupos de pesquisa, que tem como função coletar dados para escrever e publicar artigos. Essa pesquisa tem o objetivo de melhorar o desempenho do projeto Vida Nobre”, conta. Segundo ele, em dezembro um dos grupos de pesquisa concluirá o estudo sobre a prevalência de sintomas osteomusculares. “Nós confrontamos dados dos nossos idosos treinados com um grupo de idosos que não fazem exercício físico. Esse estudo busca mostrar a eficiência do projeto”, afirma. O trabalho será submetido à Revista Brasileira de Fisioterapia.
O professor de Serviço Social Alfredo Barbosa, coordenador do projeto, enfatiza que o principal resultado apresentado pelo projeto é o impacto positivo na vida dos idosos, uma vez que o atendimento social articulado à atividade física proporciona o fortalecimento da autoestima, além de melhorar as condições de envelhecimento. “O Vida Nobre garante os direitos sociais dos idosos e favorece a conquista de uma melhor qualidade de vida”, destaca.
O projeto tem encontros semanais às terças e quintas-feiras. Hoje, o Vida Nobre possui uma lista de espera de idosos muito grande. Para organizar o projeto, foi definido que o participante está proibido de faltar sem justificativa. “Aquele que faltar mais de três vezes sem justificativa deve sair e dar lugar para quem está na fila de espera”, esclarece. Ele informa que até o momento não foi necessário essa intervenção porque ninguém falta sem justificativa.
Assessoria
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