Acorda Cidade
Na manhã desta terça-feira (31), mais de 400 pessoas, entre professores, estudantes e funcionários das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) ocuparam a galeria dos ex-presidentes da Assembleia Legislativa.
O objetivo da ação é alertar a sociedade sobre as condições precárias das universidades baianas e pressionar o governo a que volte negociar sobre a greve dos professores que já chega a 50 dias, onde quase 60 mil estudantes estão sem aula.
De acordo com a assessoria de comunicação da Adfus, o governo Jaques Wagner (PT) retirou as propostas apresentadas na Mesa de Negociação em reunião na Secretaria de Educação (SEC), na última sexta-feira (27).
Segundo representantes da Secretaria de Administração (SAEB), da SEC e da Secretaria de Relações Institucionais (SERIN) nenhuma nova proposta será apresentada por parte do governo, mas poderão ser avaliadas propostas encaminhadas pelos professores.
Para o coordenador do Fórum das Associações Docentes (ADs), Gean Santana, esta postura do governo é mais uma tentativa de pressionar os professores a retomar as aulas sem atender as reivindicações da categoria. “Primeiro o governo suspende o pagamento dos nossos salários e agora retira as propostas da Mesa de Negociação. Não vamos nos intimidar, pois isso só aumenta a nossa indignação e capacidade de luta”, afirma.
A greve dos professores das UEBA reivindica a incorporação da gratificação CET (Condições Especiais de Trabalho) ao salário base, sem a restrição de quatro anos sem ganhos salariais para categoria, e a retirada das Universidades dos impactos do Decreto 12.583/11, que restringe os gastos públicos do Estado para o ano de 2011.
Na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) a greve teve início no dia 11 de abril, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) no dia 08 de abril e na Universidade do Estado da Bahia (Uneb) começou no dia 26 de abril.