Acorda Cidade
Utilizar o futebol como ponto de incentivo para educação, promover encontros para troca de experiências e desenvolver entre os participantes a cultura de praticar o que aprenderam em sala de aula. Com esses objetivos, nove jovens franceses de raízes africana, integrantes da Fundação Diambars estão na Bahia com a idéia de encontrar no futebol inspiração para a vida profissional.
De acordo com Maria Jurema, presidente da Associação France/Bahia, esses jovens fazem parte de um grupo de 18 moradores do bairro carente de Saint-Denis, localizado no subúrbio, ao norte de Paris, na França. O grupo participa de cursos profissionalizantes e um deles é sobre o futebol. “A vinda ao país da copa é realmente para incentivar essas pessoas a se descobrirem profissionalmente utilizando o futebol como fonte de inspiração”, revela. Jurema acrescenta que esse grupo atua na área de jornalismo e está fazendo um documentário sobre a viagem ao Brasil.
A coordenadora do grupo ainda destaca que 180 profissões são geradas a partir de um estádio de futebol, então os jovens além de tentarem a vida como jogadores, tem a oportunidade de aprender e atuar na área da educação física ou serem gandulas, treinadores, seguranças, na confecção dos bilhetes de entrada e outras atividades que são realizadas dentro de um estádio. “Mesmo que eles não consigam ser jogadores profissionais, tem a possibilidade de escolher o que querem para trabalhar dentro da área”, encerra.
Em Salvador, os nove estudantes da Diambars visitaram a Record Bahia, onde conheceram um pouco da técnica de trabalhar em televisão. O grupo também visitou a vereadora Tia Eron – PRB que ficou encantada com o projeto e se comprometeu em atuar com esse tipo de parceria quando chegar a Câmara Federal ao destacar, pelo menos, três propostas para realização deste projeto na Bahia: implantar o projeto para os jovens do estado; trazer novas empresas estrangeiras para apoiar o projeto e implementar aos participantes conhecimentos sobre a política brasileira e francesa.
“No Brasil, muitos dos nossos jovens não chegam aos 20 anos de idade porque são mortos pelo crime organizado e os negros já nascem condenados. Se eleita vou defender essa bandeira e dar oportunidade de vida nova a todos”, exclama.
A tradutora do grupo, Raíssa Inocêncio, ressalta que a vinda à Bahia também é composta de visita a nossa cultura, política e religião. “Sexta-feira, o grupo vai fazer um tour em Salvador para conhecer nossa história”, disse. Inocêncio acrescenta que nessa busca por conhecimentos, os jovens têm a oportunidade para perceber um pouco a natureza, rir e amar, pois a França é um mundo fechado para preciosidades como essas.