Evento nacional de inovação conecta setor produtivo na Uefs

A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) foi palco da Jornada Nacional de Inovação da Indústria. O evento, que ocorreu nesta segunda-feira (22), foi realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Sebrae Nacional e contou com apoio de entidades ligadas à Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb).

A jornada foi descrita como um evento que deve funcionar como um catalisador de conexões reunindo empresários, startups, acadêmicos, pesquisadores e representantes do poder público. A programação foi criada para incentivar ideias inovadoras locais, discutir os desafios específicos da região Portal do Sertão e fomentar parcerias que possam transformar ideias em soluções concretas e sustentáveis para o setor produtivo.

Isailton Reis, gerente regional do Sebrae, contou com muita satisfação sobre a participação da entidade no evento. Ao Acorda Cidade o profissional lembrou que, juntamente com a CNI e a Fieb, a empresa vem apoiando diversos projetos de inovação voltados para a área industrial.

“O Sebrae tem um conjunto de ações que é muito amplo, mas o foco principal nosso tem sido através do processo de gestão da implementação da inovação, essa que tem sido a prioridade da atuação do Sebrae nesse segmento. Nosso programa de indústria que disponibilizamos para as pequenas empresas desses segmentos, ele tem contribuído para que elas melhorem o seu processo de gestão e nesse contexto da melhoria do processo de gestão há atuação muito forte na lógica da inovação”, disse Isailton.

“E aí, na lógica da inovação, a gente atua não só do ponto de vista das melhorias tecnológicas, que a gente tem um programa, isso é importante citar, nós temos um programa, a gente fala que é subsídio, mas é um apoio que o Sebrae dá das consultorias, dos projetos de inovação das pequenas empresas. O Sebrae chega a subsidiar 70% do custo dessas consultorias. Então a gente está muito focado nisso, que tem a ver com as consultorias de cunho tecnológico, mas também muita inovação nos processos de gestão”, complementou.

Taris Maria é empresária e começou a empreender com a Puba, uma startup de Feira de Santana que ganhou destaque na jornada da inovação e foi considerada pelo gerente do Sebrae como um case de sucesso. Ao chegar na cidade ela disse que a empresa produz cosméticos com insumos naturais, ação desenvolvida em parceria com a Uefs.

“A gente atende hoje tanto a cosméticos quanto o agro. Também a partir de uma demanda que chegou até a gente para a fotoproteção para a planta. Então, como a gente já tinha esses insumos fotoprotetores, a gente traz essa aplicação para o agro. Agora a gente vai crescer, a gente saiu e agora a gente precisa crescer. Então os próximos passos são exatamente a ampliação e continuar o desenvolvimento em parceria com a universidade para fomentar a bioeconomia local, gerar renda para essas famílias e utilizar a nossa matéria-prima vegetal, que é a nossa maior riqueza”, disse Maria.

Antonyony Santana, gerente da unidade do Senai em Feira de Santana, também esteve presente durante o evento. Ao Acorda Cidade ele destacou que a jornada da inovação tem um grande papel na busca de concentração de atores do ecossistema de inovação.

“A inovação é muito ampla, mas quando a empresa aplica de alguma forma em seu processo, em seus produtos, algo que vai agregar valor, isso pode ser considerado uma inovação. Seja ele um valor de mercado, uma melhoria em seu processo, tudo isso é considerado inovação. E não existe a inovação sem uma dedicação à pesquisa, sem uma dedicação com relacionamento com atores que promovem esse tipo de inovação”, disse.

Antonyony complementou falando sobre a importância do investimento em inovações. “Temas como inovação, transição energética, transição ecológica são os temas que vão fazer a inovação progredir para os temas que serão discutidos no futuro. A gente está falando da indústria descarbonizada, indústria que polui menos, conexões melhores com temas ambientais dentro da indústria, que não é tão bem vista do ponto de vista ambiental.”

“Então, quando a gente traz o tema inovação conectada à indústria, a gente quer trazer esses atores para discutir políticas públicas, para discutir sinergia entre esses atores de inovação, para poder, daí para frente, pesquisar e discutir soluções para a matriz energética, para soluções de produtividade dentro da indústria e assim por diante. Os temas são bem amplos quando a gente fala de inovação”, concluiu o gerente.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão da jornalista Jaqueline Ferreira

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