Roberta Costa
Feira de Santana
Estudantes feirenses falam da experiência de estudar no exterior
O número de estudantes brasileiros no exterior saltou de 215 mil em 2011 para 282 mil em 2012, um aumento de cerca de 30%
Estudar em uma universidade no exterior é o sonho da maioria dos estudantes brasileiros. Diversas universidades brasileiras, investem em parceria com instituições e centros de excelência do Exterior. O objetivo é que os estudantes tenham a experiência internacional e permaneçam ligados à instituição de origem.
Uma pesquisa da Associação Brasileira das Operadoras de Viagem Educacionais e Culturais mostra que o número de estudantes brasileiros no exterior saltou de 215 mil em 2011 para 282 mil em 2012, um aumento de cerca de 30%.
Em Feira de santana, a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), facilita a criação de bolsas para os estudantes que desejam estudar fora. Foi o que aconteceu com Diego William Carneiro de Almeida Correia, 22 anos, estudante de Educação Física na Uefs e está morando em Portugal desde setembro de 2012, estudando na Faculdade de Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra, na cidade de Coimbra.
Segundo ele, essa é uma experiência inesquecível. “O fato de estar longe de casa, dos amigos, da familia, enfim, da vida que levava no Brasil, nos fazem vulneráveis no processo de adaptação, que apesar de parecer tranquilo não é. Há um verdadeiro choque de cultura, os costumes, o jeito de lidar com as pessoas e situações, tudo é muito diferente”.
Ele acredita que o intercâmbio vai facilitar sua busca por um emprego após se formar.
“Voltarei desse processo de intercâmbio muito mais humano, mais centrado, com horizontes ampliados e uma visão de mundo completamente diferente. Com certeza vou levar muitas coisas positivas dessa experiência.”
Estudando no Instituto Superior de Agronomia – Universidade Técnica de Lisboa, na capital Lisboa, Dilly Adorno e Camylla Soares, ambas com 22 anos, estudantes de Engenharia de Alimentos da UEFS, estão aproveitando a oportunidade para conhecer outras culturas.
“Quando chegamos aqui sofremos uma mudança muito grande, principalmente culturalmente. Mas, estamos nos acostumando. A universidade é muito boa, organizada e, com certeza, voltaremos para o Brasil com mais chances de sucesso na busca de um emprego”, diz Dilly.
VIAGENS – Mas nem só de estudos é a vida dos intercambistas. Eles aproveitam o período de férias para conhecer outros países da Europa.
“Já fomos para Espanha, Marrocos, conhecemos várias cidades europeias e agora estamos nos preparando para viajar em fevereiro e conhecer outros países europeus. Essa é a nossa chance”, completa Camylla.
Para a presidenta da Associação de Pesquisadores e Estudantes Brasileiros em Coimbra (Apeb-Coimbra), Viviane Carrico, é possível se divertir sem prejudicar o desempenho acadêmico. “Estudantes que vêm com um propósito tem que se organizar. O dia tem 24 horas e dá pra ter espaço para tudo”, aconselha.
Assuntos