Rachel Pinto
Alunos da Escola Estadual Eduardo Fróes da Mota realizaram na manhã desta quinta-feira (7), no bairro Baraúnas, em Feira de Santana, uma manifestação solicitando melhorias para a unidade escolar.
De acordo com a aluna Tailane Lima, a escola corre o risco de fechar, pois faltam recursos para a manutenção, para o pagamento de funcionários, não há merenda escolar e nem material didático. Ela explicou que os alunos estão muito preocupados com essa situação e apesar de todos os problemas apresentados pela escola, não há dificuldades com a presença de professores, pois eles estão presentes todos os dias.
“Falta recurso na escola. Não tem funcionários. Os únicos funcionários que tem estão de aviso prévio. Os alunos estão sofrendo e se a escola fechar a gente não sabe para onde ir. A gente tem que se manifestar e não pode simplesmente o governo virar as costas e fingir que essa escola não existe. Professor tem todos os dias. Precisamos de merenda, funcionários, piloto, papel e melhorias em geral”, disse.
Tailane destacou que o governo também prometeu há anos a construção de uma quadra de esportes na escola. Mas, até o momento nada foi feito.
Ana Paula, outra aluna da Escola Estadual Eduardo Fróes da Mota, confirmou que os professores estão na unidade escolar e destacou sobre a necessidade de melhorias. De acordo com ela, os alunos estão reivindicando para a escola não fechar e também melhor estrutura e equipamentos.
“A gente quer melhorias. Porque só de professor não vive o colégio. A gente quer aula de informática, tem laboratório, mas a gente não usa porque não tem os equipamentos. Estamos reivindicando nossos direitos”, contou.
Jairo dos Santos é irmão e tio de aluno e para ele, a escola está sucateada. Faltam verbas, funcionários e até a ronda escolar que era frequente, já não acontece mais. “A situação do colégio é muito delicada. Há muito tempo a gente que a escola está muito sucateada, por falta de funcionários e falta de verbas. Já passou até uma semana sem ter aula por falta de merenda. Os professores estão com medo de dar aula, porque até a ronda escolar parou de passar e não tem segurança".
Marlede Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), disse que tomou conhecimento dos problemas da escola e foi verificar de fato o que está acontecendo para exigir do governo providências.
“Viemos saber o que está acontecendo para a gente exigir do governo soluções. Queremos que a escola tenha funcionários e a comunidade exige uma escola de qualidade. Uma escola de qualidade passa por tudo isso; ter porteiro, ter merendeira e manutenção. Vamos encaminhar um documento ao Núcleo Regional de Educação (NRE 19) exigindo que essa escola tenha condições necessários de funcionamento. O sindicato mais uma vez está na luta e na defesa de uma educação pública de qualidade”, concluiu.
Durante a manifestação, os alunos fizeram uma caminhada pelas ruas do bairro Baraúnas e estenderam diversos cartazes que apresentaram os principais problemas da escola.
Com informações e fotos do repórter Paulo José do Acorda Cidade.