Daniela Cardoso
Estudantes do curso de Medicina da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) realizaram um protesto na manhã desta sexta-feira (13) no pórtico da instituição. O objetivo é cobrar a celebração de um convênio que possibilite o funcionamento do ambulatório para o curso.
Segundo os estudantes, o prédio já existe e já foi reformado, porém é necessário firmar esse convênio para que possibilite a contratação de pessoas para trabalhar e também a compra de equipamentos.
“Temos um ambulatório que fica no CSU na Cidade Nova, mas ele está fechado. Tem a estrutura física, mas sem nada dentro. Não têm os equipamentos que vão ser necessários para o trabalho e também os funcionários. Não existe um convênio e nem a própria universidade se posicionou em assumir a responsabilidade pela gestão desse ambulatório”, afirmou a estudante Alana Mercês de Almeida.
De acordo com ela, não há previsão de quando o ambulatório vai funcionar e os estudantes já esperam por isso há pelo menos 6 anos. A estudante informou que a Secretaria Estadual de Saúde se posicionou com interesse em assumir a responsabilidade e enviar os materiais necessários, mas até o momento nada foi feito.
“A situação orçamentária da Uefs impossibilita que ela assuma essa responsabilidade de gerir esse ambulatório sozinha, então a universidade está buscando parceria para ver quem pode assumir essa responsabilidade”, destacou Alana Mercês.
Em nota, a secretaria de Educação do estado informou que o secretário estadual da Educação, Walter Pinheiro, e o reitor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Evandro do Nascimento Silva, vão se reunir na próxima segunda-feira (16), em Salvador para discutir o modelo de estruturas de aprendizado implantado na Universidade do Estado da Bahia (Uneb). A sugestão do secretário é que a Uefs siga o modelo da Uneb, que possui espaços para o desenvolvimento de atividades nas áreas de enfermagem, medicina, nutrição, odontologia, psicologia e fisioterapia, como ambulatórios, farmácia e clínicas.
De responsabilidade da própria universidade, a instalação desses espaços não depende de autorização da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Isto porque as instituições de ensino superior estaduais possuem autonomia e podem gerir os próprios orçamentos, decidindo, através dos conselhos universitários, como e onde aplicar os recursos.
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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade