Educação

'Está na hora da APLB baixar a guarda', diz secretária de educação de Feira após paralisação

Na manhã de hoje (25), os professores da rede municipal paralisaram as atividades, para um dia de mobilização.

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Laiane Cruz

A secretária municipal de Educação, Anaci Paim, declarou ao Acorda Cidade na manhã desta segunda-feira (25) que a APLB, sindicato dos professores, precisa baixar a guarda e unir forças para fazer a rede funcionar. Ela ainda pediu um voto de confiança ao governo, que, segundo a secretária, tem buscado resolver os problemas das escolas.

Na manhã de hoje (25), os professores da rede municipal paralisaram as atividades mais uma vez, para cobrar do município o pagamento de horas extras referentes aos meses de fevereiro e março, além do deslocamento de diretores e professores que atuam nos distritos.

“Não há atraso no pagamento dos salários. A complementação para alguns professores decorrente daqueles que se deslocam da sede para os distritos e daqueles que dobram a carga horária, é que está sendo feito até sexta-feira. O retorno foi solicitado, e eu dei esse retorno, inclusive por mensagem. Por questões administrativas, a Secretaria de Administração já confirmou que será feita dia 29. E volto a repetir que não são o pagamentos dos salários, conforme tabela que a prefeitura mantém.”

A secretária informou ainda, que há professores na rede municipal que trabalham em regime de 40 horas e recebem tudo junto na folha de pagamento. Outros, porém, dobram a carga horária e a prefeitura paga como horas extras.

“Existem dois tipos de situações na prefeitura. Os professores que trabalham em regime de 40 horas recebem tudo na folha ao final de cada mês. E tem professores que dobram a carga horária e isso precisa ser confirmado com a direção da unidade escolar. É necessário que essas confirmações venham da direção da escola. Tivemos um início de ano muito atípico, com interrupções das atividades, e não dá para fazer uma folha de pagamento sem confirmar se ele está dobrando ou não. Alguns diretores encaminham essa informação mais rapidamente, outros atrasam mais um pouco. O certo é que só podemos fazer a folha do desdobramento considerando a informação que vem da direção da escola. E como sabemos,  neste ano uma escola parou aqui, outra deixou de funcionar ali. Então a direção manda dizer, é feita a comprovação e é solicitado o pagamento do desdobramento”, explicou a secretária de educação.

A secretária Anaci Paim pediu ainda que a APLB reconsidere a forma de reivindicação, pois as paralisações recorrentes estão trazendo insegurança para as famílias.

“Há que se considerar esse tipo de situação em que tudo a APLB propõe invadir, interromper as aulas, propõe parar. Precisamos estar unidos em favor do que deve ser feito pelas nossas crianças. Todo dia a criança vai e não sabe se vai ter aula na escola, porque todo dia tem um movimento de paralisação. Isso não faz crescer, não leva à qualidade da ação. Isso prejudica as crianças, deixa as famílias inseguras. Vamos abrir a guarda e ir funcionar. Nós chamamos 33 professores e agora encaminhamos mais de 317, e muitos moram em outras cidades, e temos que ver se tem disponibilidade para assumir. Agora fica uma situação de desgaste todo dia. A gente informou que iria realizar o pagamento até sexta-feira e hoje resolve parar.”

Segundo a diretora da APLB, Marlede Oliveira, uma comissão formada por representantes do sindicato e professores, se reuniram com a secretária Anaci Paim no dia 18 de abril para saber quando os salários iriam ser pagos. E todos, segundo ela, foram informados que os valores seriam depositados até a última sexta (23).

“Os professores que têm 20 horas mais 20 horas, o prefeito fica chamando de hora extra. Tem uma decisão (da Justiça) que não é hora extra, do mandado de segurança que nós ganhamos. Eles devem as horas, mais 20 horas trabalhadas, que não é hora extra, e mais o deslocamento, tanto dos diretores quanto dos professores, todo mundo está sem receber. Ela disse que pagaria até sexta-feira e nós anunciamos. Quando foi sexta-feira não teve dinheiro. E saiu no áudio da secretaria de educação que não teria, somente na folha. Então a categoria está indignada porque o governo deve parte dos salários de fevereiro e março. Nós queremos fazer essa pergunta: por que o prefeito Colbert tem feito todo esse massacre à categoria? Você acha que nós professores e o sindicato seriam irresponsáveis de estar paralisando, de estar indo para a Seduc, deixar as crianças sem aula para cobrar salário se estivesse pago?”, questionou a sindicalista.

 

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