Ney Silva
Milhares de pessoas participam desde às 12h deste sábado (26), do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em Feira de Santana, que teve um total de 32.406 inscritos. As escolas da rede estadual, faculdades e algumas escolas particulares disponibilizaram salas para aplicação das provas.
O objetivo do Enem é, além de avaliar o desempenho dos alunos do ensino médio, servir como ingresso em intuições de ensino superior através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ou do Programa Universidade para Todos (Proune) e como conclusão do ensino médio, para jovens maiores de 18.
Com o Enem os universitários matriculados em redes particulares podem financiar seus estudos usando o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e outros milhares de universitários de todo o país, que estão fazendo o exame, poderão participar do programa Ciência sem Fronteiras e cursar parte de sua graduação no exterior, já que, a partir de 2013, o Enem se tornou obrigatório para selecionar esses bolsistas.
Um dos locais de maior movimentação é o campus da Universidade Estadual de Feira de Santana. Os portões foram abertos às 11h e fechados às 12 quando se iniciou o processo de aplicação das provas. Os candidatos têm quatro horas e meia para concluir. A Direc-2 (Diretoria Regional de Educação ofereceu todo apoio de pessoas e de estrutura para realização do Enem). Em Feira de Santana existem 76 coordenações do Enem.
A estudante Bárbara Ferreira de Santana disse que espera fazer uma boa prova. Ela explicou que pretende conseguir uma bolsa através do Prouni e depois fazer um curso de administração. Na opinião dela o exame é uma boa oportunidade para quem quer conseguir uma bolsa de estudo. "A maioria das universidades estão aderindo ao Enem como sendo a porta principal porta de entrada", disse.
Ela acha que as universidades estaduais de todo o Brasil já deveriam ter adotado o resultado do exame para eliminar os vestibulares. Atualmente apenas as federais aceitam o resultado do Enem. Bárbara acredita que num futuro bem próximo todas as instituições de ensino vão aceitar.
Ansiosa e nervosa, mas com a esperança de fazer uma boa prova, a estudante Clécia Coutinho andava bem apressada em direção a uma das salas de um dos pavilhões da Uefs para participar do Enem. "Eu estou nervosa porque quando estiver com a prova em mãos acho que vou levar pelo menos duas horas para concluir", afirmou. Ela disse que estudou muito até momentos antes de seguir para a universidade.
Como ocorre em períodos de vestibulares do Enem, algumas pessoas instalam barracas e outras vendem de tudo. A jovem Eliane Ramos estava vendendo canetas. Antes do meio-dia ela já tinham vendendo quase uma caixa. As mais procuradas eram de cor preta, que está sendo usada na aplicação da prova. Cada caneta estava sendo vendida a R$ 1,00. Ela informou que esperava ter comercializado mais canetas do que no ano passado, mas isso não aconteceu.
Fotos: Ney Silva/Acorda Cidade
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