Em meio à paralisação, secretário explica gratificação indevida recebida por professores

O secretário de Educação e vice-prefeito de Feira de Santana, Pablo Roberto, se pronunciou após a manifestação realizada na terça-feira (29) por professores contratados pelo Regime Especial de Direito Administrativo (Reda). A categoria paralisou as atividades por três dias, cobrando melhorias nas condições de trabalho e o cumprimento da legislação federal que assegura igualdade na jornada de trabalho entre professores efetivos e temporários.

Em entrevista ao Acorda Cidade, Pablo explicou o principal ponto discutido em uma reunião com a APLB Sindicato, realizada na manhã de terça. O encontro teve como foco o pagamento do deslocamento de professores.

“Foi uma reunião a respeito daqueles professores que estavam recebendo o deslocamento, mas que não fazem jus a isso. Identificamos, em uma auditoria, que alguns professores que moram e trabalham em Feira de Santana estavam recebendo essa gratificação indevidamente”, afirmou o secretário ao Acorda Cidade.

Pablo Roberto também destacou que a situação foi explicada à APLB e à maioria dos professores afetados, que compreenderam a necessidade de ajustes. O secretário desmentiu uma declaração feita pela presidente da APLB, Marlede Oliveira, que, segundo ele, afirmou que 200 professores da zona rural haviam sofrido descontos em seus vencimentos.

“Ela faltou com a verdade quando disse que 200 professores que trabalham na zona rural tiveram descontos em seus vencimentos. Realmente, aqueles professores que estavam recebendo de forma indevida, nós precisávamos fazer essa adequação. A lei é muito clara: aquele professor que mora na sede de Feira de Santana e trabalha em algum distrito, esse sim tem direito a receber o deslocamento, e todos estão recebendo rigorosamente”, declarou Pablo ao Acorda Cidade.

Em relação ao protesto, o secretário também comentou a questão da falta de professores na rede municipal de Feira. Segundo ele, a falta de docentes é uma situação constante, pois professores se aposentam, adoecem ou entram de licença médica. Para resolver esse dilema, a Secretaria de Educação já convocou 308 professores do último concurso e está trabalhando para contratar mais 30 do cadastro reserva.

“Estou saindo aqui do gabinete do prefeito, e a pauta era a contratação de professores e a adequação da reserva da carga horária do Reda. Estamos trabalhando muito para que a educação, de fato, possa alcançar os índices que todos nós queremos. Agora, é uma situação que realmente acontece cotidianamente. Vamos fazer um concurso público para a contratação de até mil vagas a partir de fevereiro do ano que vem. Então, queremos ter um cadastro reserva de professores efetivos que possam estar cobrindo sempre que um professor precisar ser ausentado do ambiente escolar por algum motivo”, afirmou o secretário.

Pablo não deu mais detalhes sobre as reivindicações apresentadas pelos professores na manifestação realizada na última terça (30). A paralisação segue até esta quinta-feira (31).

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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