Acorda Cidade
O Colégio Estadual Paulo VI, através do anexo que funciona dentro do Conjunto Penal de Feira de Santana, no bairro Aviário, realiza amanhã (27), às 14h, encontro festivo com professores e estudantes. O evento ocorrerá no auditório do Conjunto Penal com a participação de 200 estudantes privados de liberdade.
O objetivo do encontro é apresentar o resultado das atividades desenvolvidas no primeiro semestre letivo. Durante o evento, pais e estudantes também serão homenageados em virtude de terem seus dias comemorativos no segundo domingo e no dia 11 deste mês, respectivamente.
Diversas atividades artístico-culturais como dança, música, arte cênica e diversas outras manifestações serão realizadas pelos estudantes e professores da unidade educacional para marcar o dia. Haverá também distribuição do kit escolar para os estudantes, além de sorteio de brindes.
De acordo com a diretora, Ana Verena Rodrigues Amorim, o evento já é uma tradição no Colégio Paulo VI. “Nosso propósito é compartilhar os bons resultados adquiridos ao longo do primeiro semestre e celebrar este momento que também é uma conquista pedagógica, sobretudo no contexto em que vivemos de pessoas subjugadas e marginalizadas pela sociedade”.
O professor Reginaldo da Silva Santos assegura que o evento só se consolida por conta do apoio irrestrito da direção do conjunto penal. “Sem a participação direta do Dr. Edmundo Memeri Dumet, do diretor adjunto Clériston Leite e de Luciano Rego Maltez, coordenador de segurança e dos agentes penitenciários, nossas atividades pedagógicas não obteriam os êxitos que ora celebraremos. Todo o corpo docente também tem lutado incansavelmente para ressocializar aqueles que socialmente não tem prestígio algum”, reconheceu o professor.
A professora de Geografia Margareth Moraes reforça o trabalho integrado entre as equipes técnicas em pedagogia e segurança na promoção da dignidade humana através da educação dentro do conjunto penal. Essa partilha é visível para os estudantes João Paulo Cavalcanti e Marcelo Santos. Para eles essas políticas públicas de ressocialização são fundamentais porque através da educação eles conseguiram enxergar um outro horizonte para reconstruírem a própria vida.