Educação

Assembleias empossam nova diretoria da Adufs e aprovam calendário de mobilização

A diretoria recém-empossada ainda falou sobre a campanha 2017, informando que na pauta, já apreciada em assembleia, é reivindicado um aumento de 30,5% nos salários.

Acorda Cidade

A diretoria que ficará à frente da Associação dos Docentes da Uefs (Adufs) durante o biênio 2016-2018 foi empossada na assembleia realizada na quarta-feira (29). Eleita com 180 dos 185 votos contabilizados, a chapa Adufs Autônoma e Democrática foi a única inscrita no processo eleitoral.

O diretor Gean Santana, em nome da chapa, agradeceu aos presentes pela confiança política no grupo e destacou que a participação dos docentes nas atividades do sindicato fortalece ainda mais a luta da categoria.
Gracinete Souza, falando em nome da direção, cujo mandato encerrou ontem (29), fez um balanço das ações realizadas ao longo dos dois anos que esteve à frente do comando da Adufs (biênio 2014-2016). Entre os destaques, a vitoriosa greve de 86 dias das quatro universidades estaduais e que culminou com a conquista de pautas históricas, como a revogação da lei 7176/97 e a aprovação da lei 13.376/2015, que alterou o quadro de vagas dos docentes das quatro instituições.

Antes da assembleia de posse da nova diretoria, foi lido, na primeira assembleia, o parecer do Conselho Fiscal da gestão 2015-2016.

Calendário de mobilização

Empossados, os novos diretores conduziram a terceira assembleia do dia. No ponto Análise de Conjuntura, foi destacado que diante do recrudescimento dos ataques impostos pelo governo federal aos trabalhadores, atualmente representados por propostas como as reformas Previdenciária (PEC 287/2016) e Trabalhista (PL 6.787/16) e pelo Projeto de Lei (PL) 4302/98, que permite a terceirização de todas as atividades da empresa, e, na Bahia, pelo posicionamento do governador Rui Costa com a pauta da categoria e "com o sucateamento das condições de trabalho e estudo nas quatro universidades estaduais, é urgente que os docentes intensifiquem ainda mais as mobilizações".

Como parte das ações contra a PEC 287, a categoria aprovou a mobilização com paralisação das atividades acadêmicas nos dias da votação da Proposta. A ação integra o calendário nacional de lutas convocado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) e por algumas centrais sindicais, a exemplo da Central Sindical e Popular (CSP-CONLUTAS).

A assembleia ainda aprovou as seguintes atividades:

– Dia 31 de março – Dia Nacional de Mobilização. Ato público e paralisação das atividades acadêmicas rumo à greve geral. Concentração às 8h, no estacionamento da Prefeitura de Feira de Santana. O protesto, que no município está sendo construído por diversas entidades e sindicatos, é contra a terceirização das atividades da empresa, além das reformas previdenciária e trabalhista;

– Dia 18 de abril – Ato público no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, e paralisação das atividades. Mobilização encaminhada pelo Fórum da ADs para forçar o governo Rui Costa a convocar a mesa de negociação com os professores e avançar no encaminhamento da pauta;

– Dia 28 de abril – Mobilização com paralisação. Ato nacional unificado contra as reformas da Previdência e trabalhista e contra a terceirização;

– Convidar os estudantes e técnico-administrativos da Uefs a construírem uma Assembleia Geral Universitária (AGU) com o objetivo de debater as pautas internas da universidade e os ataques impostos pelos governos nos âmbitos estadual e federal. O indicativo foi que a AGU acontecesse antes do dia 28 de abril. Também foi aprovada a formação de uma comissão que, juntamente com a diretoria, ficará responsável por encaminhar a AGU e fazer o levantamento dos problemas que comprometem as condições de trabalho e estudo na instituição.

Pauta 2017

A diretoria recém-empossada ainda falou sobre a campanha 2017, informando que na pauta, já apreciada em assembleia, é reivindicado um aumento de 30,5% nos salários, resultante da reposição das perdas inflacionárias referentes aos anos de 2015 e 2016, mais a recomposição salarial.

Em reunião com o Fórum das ADs, no dia 14 de março, o governo alegou que por conta do risco de ultrapassar o limite de gastos públicos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), não negociará reivindicações que envolvam a ampliação do orçamento. Pressionado pela categoria, sinalizou com uma reunião para 3 de abril.