O professor do curso de Direito da Faculdade Anísio Teixeira (FAT) Carlos Eduardo Guimarães prometeu que se todos os alunos do 4º semestre se vestissem com a camisa do Bahia poderiam consultar a Constituição durante uma prova.Na última segunda-feira (30), dia da prova, o professor Carlos Eduardo Araújo aguardou ansiosamente a turma de Direito.
Cheio de orgulho, o primeiro aluno entra pela porta trazendo no peito o símbolo do Bahia. De repente, a sala inteira fica em azul, vermelho e branco. À primeira vista, muitos imaginariam que se tratava de uma incrível obra do destino, ou, quem sabe, um esforço conjunto tramado para homenagear o clube do coração do professor. No entanto, a história tem origem em uma provocação que, no fim das contas, conseguiu superar até velhas rivalidades do futebol.
Tudo começou há algumas semanas, quando os alunos perguntaram ao professor Carlos Eduardo se a prova de Direito Constitucional poderia ser realizada com consulta à Constituição. De início, a relutância, já que não era costume realizar avaliações com a permissão de auxílio. Em seguida, a ideia que deixou a turma de Direito muito parecida com as arquibancadas da Fonte Nova em dia de jogo do Bahia.
Reprodução/Twiiter
– Eles me pediram para utilizar a Constituição na prova. Não costumo fazer prova com consulta. Então combinei com eles que autorizava, mas com a contrapartida de que toda a turma vestisse a camisa do Bahia no dia da prova. Eles sabem que sou um torcedor fanático. Foi muito legal. Todos apareceram com a camisa do Bahia. Tinha torcedor de todos os times, até torcedor do Vitória no meio. Todos foram tricolores por uma noite – disse o professor Carlos Eduardo, aos risos.
Promessa feita, promessa cumprida. Com toda a turma devidamente trajada, a prova foi feita com a consulta à Constituição. Após a avaliação, tiveram início as brincadeiras, que tinham como alvo principalmente os rubro-negros vestidos com as cores do Bahia.
– Foi muito engraçado. Tinha torcedor do Vitória que ficou dizendo que precisaria tomar banho com desinfetante por ter vestido a camisa do Bahia. Todo mundo brincou, levou na esportiva – contou.
Carlos Eduardo acredita que o episódio da ‘turma tricolor’ não ocorreu somente para que os alunos tivessem a oportunidade de utilizar a Constituição na prova. Para o professor, os estudantes também lhe prestaram um belo tributo de despedida, já que este é o último semestre em que eles ficarão sob a sua tutela.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Em contato com o Acorda Cidade, o professor explicou que na segunda fase da prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a consulta também pode ser feita. “É uma prática comum. Eles podem consultar diversos códigos da constituição”, disse Carlos Eduardo. Carlos Eduardo é vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Feira) e foi coordenador da 3ª Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito).
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