Foto: Elói Corrêa/GOV_BA
Foto: Elói Corrêa/GOV_BA

Mais do que ensinar teorias e conceitos, o professor desempenha um papel importante na trajetória de um estudante. Uma palavra de incentivo, um gesto de confiança ou a presença constante de quem acredita no potencial pode ser um ponto de virada, dentro e fora da sala de aula.

Na edição de 2025 do estudo “Education at a Glance”, produzido anualmente pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 51% dos brasileiros que entram na faculdade não se formam nem 3 anos após o prazo previsto. Dentre os principais motivos para a não conclusão estão as dificuldades financeiras, cansaço e falta de acolhimento acadêmico. Nesse cenário, o professor se torna peça-chave para evitar a evasão.

Ana Cleyge Azêvedo, coordenadora dos cursos de engenharia da Unifacs em Feira de Santana, vivenciou, ainda em seu período de estudante, a importância do apoio docente. A relação de Ana com a instituição começou quando ingressou no curso de Sistemas de Informação.

Durante a graduação, viveu o desafio de precisar equilibrar os estudos com o trabalho e as responsabilidades da maternidade, que se tornaram ainda mais desafiadoras com a chegada da sua filha caçula. Em meio à exaustão e às incertezas, foi o apoio dos seus professores que a ajudou a seguir. “O incentivo e a confiança deles foram fundamentais para que eu não desistisse”, relembra a docente.

A rede de apoio marcou sua trajetória e a inspirou em seguir sua carreira na docência. Após concluir sua graduação, retornou a Unifacs como docente, o que, para ela, representou mais do que uma conquista profissional. “Estar à frente de novas gerações é também uma forma de retribuir o carinho e incentivo que recebi. Procuro ser para meus alunos o que os meus professores foram para mim: alguém que acredita no potencial deles e os encoraja a ir além.”

Além de atuar como professora e gestora, ela acompanhou a jornada universitária do segundo filho, que escolheu estudar na mesma instituição em que ela construiu a sua graduação. Histórias como a de Ana exemplificam que o papel da docência não se mede apenas pelo conteúdo transmitido, mas pela transformação humana que provoca.

Fabiana França, pró-reitora acadêmica da Unifacs, destaca o papel do professor como indo além da mediação do conhecimento. “Ao reconhecer as individualidades, estimular o engajamento e promover um ambiente de acolhimento, o docente contribui para a permanência estudantil e para o desenvolvimento de competências socioemocionais. É uma atuação que extrapola a sala de aula, tornando-se nosso maior elo com os estudantes, capaz de inspirar, orientar e fortalecer o propósito de seguir adiante mesmo em frente a dificuldades.”

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