Acorda Cidade
Os professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) aprovaram, durante assembleia ontem (14), a indicação do Fórum das Associações dos Docentes de realização de um grande ato público. De acordo com a Associação de professores da Uefs (Dufs), a mobilização acontecerá paralela à reunião com o governo, marcada para esta quarta-feira (15), às 9h30, na Secretaria da Educação (SEC), em Salvador.
Na ocasião, o Comando de Greve informou sobre a reunião realizada dia 9 de julho com o governo. “Como conquista, foi destacado o compromisso feito pelos representantes das secretarias estaduais de encaminhar, em até 90 dias, os processos de promoção, progressão e de mudança de regime de trabalho que estão parados nas secretarias da Administração (Saeb) e da Educação (SEC) e montagem de uma comissão com membros das reitorias, Saeb e Secretaria do Planejamento (Seplan) para discutir o orçamento das universidades para o próximo ano. O movimento docente, no entanto, continua a defender a suplementação de recursos para este ano e a destinação de 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para as Ueba em 2016”, diz nota divulgada pela Adufs.
Também foi citada a promessa dos gestores de elaborar um documento compatibilizando a minuta substitutiva à lei 7176/97 e a contraproposta do MD; de estudar o quadro de vagas retido este ano e a projeção para 2016, mais a apresentação, amanhã (15), de uma agenda para discutir cada ponto da pauta de reivindicação.
“Mesmo com essa sinalização, a SEC enviou um e-mail ao Fórum das ADs em que não constava a totalidade dos pontos discutidos na reunião. Nesta quarta, a categoria irá cobrar resposta sobre os itens que não foram inseridos no documento e exigir a discussão de toda a pauta. Só avançamos porque deflagramos a greve. O que será das universidades se não fortalecermos ainda mais o movimento docente?”, questionou Clóvis Ramaiana, membro do Comando de Greve da Uefs, convocando a categoria para fortalecer a mobilização.
Elson Moura, diretor da Adufs e coordenador do Fórum das ADs, lembrou que no início da greve, o governo sinalizou com o remanejamento de 20 vagas das classes de auxiliar, assistente e adjunto para garantir o andamento dos processos de promoção. Depois de dois meses do movimento paredista, a categoria conseguiu arrancar o encaminhamento de todas as promoções, progressões e mudança de regime de trabalho, mais a apresentação da minuta substitutiva à lei 7176/97. “É importante que o governo assine um acordo referendando o que foi proposto”, alertou.
Ao final da assembleia, os professores aprovaram uma moção de apoio à Ocupação Plínio de Arruda Sampaio, em São Paulo. O movimento articula lutas em defesa da reforma urbana e do direito à moradia