Educação

8 em cada 10 dos cursos mais procurados para o financiamento estudantil são na área da Saúde em todas as regiões do Brasil

O Nordeste é a segunda região com mais opções para cursar Medicina em instituições de ensino superior privadas.

Eu sou líder Geduc - evento
Foto: Divulgação

Medicina, Psicologia, Medicina Veterinária, Odontologia, Fisioterapia, Enfermagem, Biomedicina e Farmácia foram as 8 graduações das 10 mais buscadas em 2023 por quem tem interesse em ingressar em uma universidade por meio do financiamento estudantil privado, considerando todas as regiões do país. Também entraram no ranking os cursos de Direito e Administração.

O levantamento, que traz um panorama geral da educação superior brasileira, foi feito pelo Pravaler, principal plataforma de acesso e soluções para o ecossistema de educação do Brasil, e apresentado com detalhes no GEduc, principal Congresso de Gestão Educacional do país, que ocorreu em São Paulo.

As informações fazem parte da versão mais recente do Farol Pravaler, que traz um compilado de dados dos milhares de estudantes que buscaram e aderiram a solução da empresa para terem acesso ao ensino superior. O diagnóstico foi realizado em parceria com a BA2EDU e reúne também dados públicos do cenário educacional superior e uma análise precisa e detalhada do setor.

Uma base que chamou a atenção foi a alta procura pelo curso de Medicina na região Sudeste, onde a formação tem a mensalidade mais alta do país em relação às demais localidades, chegando em torno de R$11.365,00, e onde a oferta de vagas é relativamente maior, de acordo com a Demografia Médica no Brasil de 2023. A concentração de buscas pelo financiamento estudantil do Pravaler foi de 196% a mais em relação a 2022 — isso significa 3x mais demandas de um ano para o outro —, seguido por Psicologia (72%) e Medicina Veterinária (69%).

“Cada vez mais as pessoas compreendem que a graduação abre portas no mercado de trabalho, o que contribui, consequentemente, para o alcance de uma condição financeira melhor”, disse Beto Dantas, COO do Pravaler, durante o painel no dia 03 de abril. “O custo de vida no Sudeste é relativamente mais alto do que nas outras regiões brasileiras, porém é onde as oportunidades de emprego são maiores e isso se reflete no financiamento estudantil para o ensino superior”, complementou.

O Nordeste é a segunda região com mais opções para cursar Medicina em instituições de ensino superior privadas, também segundo a Demografia Médica do Brasil de 2023. Logo, a procura pela graduação na plataforma do Pravaler acompanha esse índice. No ano passado, a busca foi 116% a mais do que em 2022. Destacam-se também o crescimento da demanda por Psicologia (96%) e Medicina Veterinária (80%).

No Sul o destaque também foi Medicina, que cresceu 103% quando comparado ao ano anterior, seguido por Psicologia (60%) e Odontologia (53%). “Levando em consideração as faculdades que são parceiras do Pravaler na região, Medicina tem a menor mensalidade média do Brasil, diferentemente das formações de Odontologia e Medicina Veterinária. Independentemente disso, se for o sonho do estudante em iniciar em qualquer uma dessas graduações, com o financiamento estudantil isso é possível, viável e pode trazer uma ótima bagagem para sua jornada profissional”, comentou Dantas.

O Centro-Oeste é a região onde a formação de Medicina tem a menor oferta, porém, a procura pelo curso cresceu 244%, equiparando-se a 2022, seguido por Medicina Veterinária (150%), Odontologia (93%) e Psicologia (92%).

Diferentemente das outras regiões, o Norte ganhou notoriedade no quesito Medicina Veterinária. A procura pela graduação cresceu 177% no ano passado, comparado ao anterior, seguido por Medicina (173%), Psicologia (134%) e Fisioterapia. A região também se destacou na busca pelo curso de Direito, com aumento de 101% em relação a 2022.

O interesse por Direito também foi expressivo no Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste, representando 77%, 73%, 52% e 51%, respectivamente, levando em consideração 2022 versus 2023.

“É fato que estamos vivendo uma retomada da valorização do ensino superior. Nossos dados provam isso. Precisamos, acima de tudo, incentivar a formação universitária no país, mirando em profissionais cada vez mais capacitados para apoiar no desenvolvimento econômico e social das regiões brasileiras. É necessário democratizar esse acesso e estamos muito felizes em contribuir com essa alavanca”, finalizou.

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