Foto: Freepik
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O ventilador gasta muita energia? Esse é, sem dúvidas, um questionamento cada vez mais comum na vida das pessoas, especialmente porque o mundo está passando por um cenário marcado pelas mudanças climáticas. 

De fato, as ondas de calor, que já não se manifestam como eventos esporádicos, estão obrigando as famílias e empresas a recorrerem a diferentes equipamentos de refrigeração para lidar com o desconforto térmico, causado pelos impactos antrópicos na natureza. 

Esse hábito, no entanto, acaba tendo algumas consequências diretas no consumo de energia elétrica e, consequentemente, no orçamento mensal, além de levantar questões também atreladas a sustentabilidade.

O ventilador gasta muita energia? Entenda o impacto no consumo elétrico

A constante elevação da temperatura média global pressiona a sociedade a encontrar alternativas para enfrentar essas transformações do nosso tempo histórico. Os dados do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus evidenciaram que 2024 foi o primeiro ano em que a temperatura geral do planeta excedeu 1,5°C acima do período pré-industrial. 

É nesse contexto que cresce a preocupação com o gasto energético de aparelhos como ventiladores e ares-condicionados. Em meio ao calor, a comparação entre ambos é inevitável. O ar-condicionado, por exemplo, proporciona resfriamento rápido e eficaz, mas, em contrapartida, exige um volume de energia muito maior. 

Já os ventiladores apresentam um consumo menor, mas sua capacidade de aliviar a sensação térmica é limitada. Em termos comparativos, os ventiladores consomem menos energia, mas isso não significa que o uso prolongado passe despercebido na fatura. 

Em casas nas quais os aparelhos ficam ligados por várias horas ao dia, a diferença pode ser sentida no fim do mês. Portanto, em ambos os casos, é importante lembrar que qualquer forma de refrigeração gasta muita energia quando é usada de maneira contínua e sem estratégias de eficiência.

Ondas de calor e o aumento no consumo de energia

O uso constante de aparelhos para mitigar o calor eleva significativamente a demanda por eletricidade. Quando milhões de pessoas ligam seus aparelhos ao mesmo tempo, ocorre um pico de consumo que pode levar a oscilações ou até a falhas na rede elétrica. Esse cenário é responsável pelas mudanças de bandeira nas tarifas de energia.

Um estudo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), por exemplo, mostrou que, em 2023, o Brasil atingiu o consumo de 69.363 megawatts médios de energia elétrica – 3,7% a mais do que em 2022 nas ondas de calor. 

Em 2025, dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostraram que a demanda média de carga nas regiões Sudeste e Centro-Oeste alcançou um novo recorde, de 54.599 MWmed, representando aumento de 1,1% em relação ao pico registrado em janeiro, que foi de 53.997 MWmed.

Estratégias simples para economizar energia 

Existem medidas práticas que ajudam a reduzir os custos sem abrir mão do bem-estar. No caso dos ventiladores, é possível melhorar a circulação do ar posicionando-os em locais estratégicos e evitando o uso em cômodos vazios. Para quem utiliza ar-condicionado, regular a temperatura entre 23°C e 25°C é uma forma eficiente de equilibrar conforto e gasto. 

Outros hábitos também fazem diferença, como manter portas e janelas fechadas durante o funcionamento do ar-condicionado, utilizar cortinas ou persianas para reduzir a entrada de calor e optar por aparelhos com selo de eficiência energética. No fim, com as temperaturas em alta, cresce a busca por orientações que ajudem no dia a dia.

Nesses períodos, é comum que as pessoas procurem respostas sobre questões práticas, como se o ventilador gasta muita energia ou se seria mais vantajoso investir em outros aparelhos. Diante da tendência de verões cada vez mais intensos, a sociedade terá de se adaptar a novos hábitos.

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