Economia

Presidente da Eletrobras aposta em queda de 2% na conta de luz com privatização

Na Câmara dos Deputados, em Brasília, uma comissão discute medidas para vender parte das cotas da Eletrobras ao setor privado.

Acorda Cidade

Uma das maiores preocupações do consumidor quando se fala em privatizar uma empresa pública é o impacto que isso causa no seu bolso no fim do mês. Foi assim, por exemplo, na privatização do serviço de telefonia, que abriu oportunidades e ampliou o atendimento no país. Há, agora, um debate sobre a concessão do serviço de energia elétrica à iniciativa privada. Na Câmara dos Deputados, em Brasília, uma comissão discute medidas para vender parte das cotas da Eletrobras ao setor privado.

A redução das contas de luz é uma das principais expectativas do governo federal para impulsionar o desenvolvimento, aumentar a competitividade da indústria e combater a inflação no país. Baratas até os anos 90, as tarifas de energia subiram ao longo das últimas décadas.

Em 2012, o governo federal editou a Medida Provisória 579, que acabou não vingando nem atingindo as propostas de redução da conta como se esperava. Presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior aposta que a privatização, baseada em levantamentos da Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, será positiva para o cidadão.

“Eu não tenho dúvida de que para o consumidor é melhor. Ele elimina um risco que hoje já é maior do que ele tinha antes da 579, ele já tem uma perspectiva de redução dessa conta. As avaliações que a Aneel deu dão na casa de 2%, mas ele trava essa posição, quer dizer, ele elimina por completo o risco. E isso tem um valor muito grande.”

A comissão especial que trata da privatização da Eletrobras na Câmara dos Deputados tem José Carlos Aleluia como relator. Para ele, não há dúvidas dos ganhos.

“Eu entendo que o modelo vai levar à redução da tarifa a médio prazo. Porque aumenta a eficiência da Eletrobras, aumenta o número de investidores, aumenta investimentos, e aumenta empregos.”

A expectativa do relator é apresentar o parecer para votação ainda este semestre. A matéria tem caráter terminativo na comissão, ou seja, se aprovada, não precisa passar pelo crivo de todos os deputados em plenário e segue direto para o Senado.