Feira de Santana

Cesta Básica fecha 2021 com mais aumento

Dentre os produtos que mais subiram de preço está o tomate

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A cesta básica de Feira de Santana custou R$ 466,04 em dezembro, continuando o ritmo de elevações observado nos últimos quatro meses. Em relação ao mês anterior, o novo valor significou aumento de 2,33%; em relação ao trimestre, o aumento foi de 9,23%. No ano de 2021, a elevação da cesta básica alcançou 13,25%. Os alimentos que mais registraram maior incremento no seu preço médio no ano foram o café (64,04%), o tomate (57,77%) e o açúcar (38,37%). As reduções de preço médio foram observadas apenas em três produtos: arroz (-17,41%), feijão (-5,49%) e leite (-1,60%).

Os professores e alunos do curso de Ciências Econômicas da UEFS que trabalham no Programa "Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos" consideram que a elevação verificada no custo da cesta básica está em consonância com a elevação do nível geral de preços que os brasileiros enfrentaram 2021, quando o IPCA-15 acumulou um aumento de 10,42%. Dentre os produtos que mais subiram de preço, a equipe do Programa aponta para o impacto da elevação do tomate no conjunto da cesta: no início de 2021, esse alimento figurava como terceiro mais relevante no custo da cesta básica; nos últimos meses, com a escalada de seu preço, o tomate é o segundo produto mais relevante, ficando atrás apenas da carne.

Concentrando a atenção nas variações dos preços observadas no mês de dezembro, verifica-se que as maiores elevações foram nos preços médio da banana-da-prata (16,02%), café (11,36%) e da farinha de mandioca (9,7%). Os outros produtos que também tiveram preços majorados, ainda que em percentuais menores, foram manteiga, açúcar, tomate, pão e carne. As quedas de preços médios mais significativas foram as do feijão (-4,26%) e do leite (-3,14%). Os demais alimentos, arroz e óleo – tiveram queda de preços inferiores a 2%.

O trio arroz, feijão e carne, prato de almoço convencional, foi responsável por 37,71% do custo da cesta básica em dezembro, percentual inferior ao calculado em novembro (38,87%). A explicação para esse fenômeno está na redução do preço dos dois grãos, notadamente o feijão, que superaram a pequena elevação do preço da carne. Já o café da manhã (pão, manteiga, leite e café) representou 28,73% do custo da cesta, percentual pouco inferior ao observado no mês anterior (28,95%).

Quando contraposto ao salário mínimo líquido vigente (salário mínimo descontado a previdência), o valor da cesta básica comprometeu 45,80% do ganho do trabalhador de Feira de Santana em dezembro. Em relação ao tempo de trabalho gasto para a compra dos produtos da cesta, constata-se um dispêndio 100 horas e 45 minutos. Foram 2 horas e 17 minutos a mais de tempo de trabalho gasto para esse fim que o observado no mês de novembro.

Veja AQUI o Boletim completo.