O grupo Camargo Corrêa está disposto a abrir mão do controle de sua empresa fabricante de cimentos para formar uma aliança com a portuguesa Cimpor. A proposta foi apresentada nesta quarta-feira ao conselho de administração da Cimpor.
Em nota distribuída à imprensa, o grupo brasileiro afirmou que o objetivo da operação é "maximizar o valor dos ativos e do know how dos dois grupos, reforçando a Cimpor como um líder mundial com grande enfoque nos mercados emergentes, mantendo-se como uma empresa portuguesa, sediada em Lisboa e cotada na Euronext Lisbon."
Se a operação de fusão for bem sucedida, a Camargo Corrêa disse que "cederá o controle integral dos seus ativos cimenteiros a nível mundial, assegurando um integral alinhamento de interesses de todos os acionistas da Cimpor numa estratégia única e numa plataforma industrial comum reforçada".
O grupo Camargo Corrêa teria uma participação entre 15% e 25% do capital social da Cimpor. A empreiteira propôs ainda a distribuição de um dividendo extra de 350 milhões de euros aos acionistas da Cimpor.
A Camargo Corrêa controla a Camargo Corrêa Cimentos, a quarta maior empresa do setor no Brasil, com capacidade de produção de 4,63 milhões de toneladas de cimento, além da Loma Negra, maior produtora da Argentina.
Com a fusão dos negócios da Camargo, a Cimpor aumentará sua capacidade de produção para cerca de 51 milhões de toneladas por ano, com presença em 16 países em quatro continentes.
Informações do IG