Economia

Aracaju Parque Shopping entra em recuperação judicial

Inaugurado em setembro de 2019, Aracaju Parque Shopping sofreu com a pandemia e consequente crise financeira.

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Foto: Aracaju Parque Shopping
Foto: Aracaju Parque Shopping

A Americanas está fazendo escola quando um assunto é recuperação judicial. Isso porque, pelas bandas de cá, o ACF – grupo econômico familiar de força em Sergipe – pediu recuperação judicial de suas empresas Sergipe Industrial Têxtil – Sisa –, Nortista e Aracaju Parque Shopping.

O pedido de recuperação das empresas do Grupo ACF – processo Nº 202311400062 – foi aprovado pela juíza Vânia Ferreira de Barros da 14ª Vara Cível de Aracaju no dia 25 de janeiro deste ano. Contudo, a notícia só veio à tona nesta terça-feira, 7.

O grupo ACF é derivado do empresário Antonio Carlos Leite Franco, falecido em 2003, cujos negócios hoje em dia tem à frente os filhos Osvaldo Franco e Marcos Franco – atual secretário de Estado do Turismo.

Fundada em 1882, a Sisa é uma das empresas mais antigas de Sergipe e possui duas unidades fabris em Sergipe – em Aracaju e Riachuelo – tendo como objeto social fabricação de tecidos e confecção de cama, mesa e banho.

De acordo com o processo do pedido de recuperação, a partir de 2022, foi verificada na Sisa uma curva descendente de faturamento, com perda de capital de giro e dificuldade na aquisição de insumos, ocasionada pelo aumento do preço do algodão. Tal situação resultou em acúmulo de alto endividamento junto a bancos e fornecedores, destacando-se, também, o endividamento contencioso, tributário e mútuo para aporte de capital.

Ainda no processo, foram apresentados as justificativas que levaram ao pedido de recuperação do Aracaju Parque Shopping, inaugurado em setembro de 2019, no Bairro Industrial, e que sentiu com força as consequências econômicas da pandemia da Covid-19.

“O avanço da pandemia do coronavírus e as medidas de isolamento social trouxeram severas dificuldades financeiras para o setor de shopping centers de modo que o Aracaju Parque Shopping sofreu com perda de receita e com diversos espaços ainda aguardando locação, mas que é absolutamente viável, ante a sua vultuosa, nova e moderna estrutura”.

Dívidas congeladas – A recuperação judicial serve para evitar que as empresas do Grupo ACF em dificuldade financeira fechem as portas. Durante um período de 180 dias ficam suspensas as ações e execuções contra as os negócios, permitindo a proteção do patrimônio empresarial e a reorganização das finanças.

Silêncio – Após a repercussão da recuperação judicial, esta Coluna Aparte entrou em contato com Marcos Franco, um dos sócios do grupo, por meio telefônico e mensagem, para entender qual proporção do endividamento das empresas que geram 720 postos de trabalho em Sergipe. Contudo, o empresário e atual secretário de Turismo leu mensagem e não deu retorno.

As informações são da coluna Aparte do portal JL Política e Negócio.

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