Foto: Paulo José / Acorda Cidade
Foto: Paulo José / Acorda Cidade

Os vereadores Luiz Augusto e Edvaldo Lima, ambos do partido União Brasil, divergiram sobre a forma como as sessões das quintas-feiras estão ocorrendo na Câmara de Vereadores de Feira de Santana. O dia foi reservado para atividades de comissão, sem a votação de pautas, o que desagradou um dos parlamentares.

Entenda a polêmica

O vereador Luiz Augusto, também conhecido como Lulinha, criticou duramente a decisão da Mesa Diretora da Câmara de retirar das sessões das quintas as votações de projetos, movimento que, segundo ele, contribui para a ausência de parlamentares na Casa. Cobrando mudanças, o vereador chegou a afirmar que ele e os colegas são remunerados pelo número de sessões que participam.

Lulinha, vereador de Feira de Santana pelo União Brasil | Foto: Paulo José / Acorda Cidade

“Essa Câmara tem produzido muitos projetos de lei que poderiam estar sendo discutidos e votados aqui. Mas agora não querem votar na quinta. Muitos vereadores não estão vindo. Aí fica essa. Tem pauta? Não tem. Tem projeto? Não tem, e acabando cedo. Nós recebemos por isso. Não tenho nada contra a mesa definir, mas ela não pode definir a questão do processo andar na Câmara Municipal”, disse Lulinha.

“Eu mesmo não sabia que não ia ter mais pauta de projetos para ser votada na quinta-feira. Não pode parar porque nós temos muitos projetos. Vários projetos de nossa autoria, de outros vereadores que estão lá para vir para a votação. Vários requerimentos importantes para votar, encaminhar para a Embasa, Coelba, para a Prefeitura. Quanto mais atrasa, é pior”, complementou Lulinha.

Cadê Marcos Lima?

Lulinha ainda fez questão de cobrar uma ação do presidente da Câmara de Vereadores de Feira de Santana, Marcos Lima (União Brasil). Segundo o parlamentar, o chefe do Legislativo feirense, que foi um dos ausentes na sessão desta quinta (23), tem que agir de forma enérgica para modificar a situação.

Presidente da Câmara Municipal se reúne com MP para tratar sobre obra inacabada no prédio anexo
Presidente da Câmara Municipal, Marcos Lima (União Brasil) | Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

“Eu acho que o presidente tem que rever isso, colocar pauta todos os dias, a não ser quando tiver alguma coisa extraordinária para ser votada, que só tem pauta de um projeto, como é o caso da LDO, como é o caso do orçamento do município, que só é esse assunto, mas o resto tem que tramitar normal, como sempre tramitou nessa Casa”, disse Lulinha.

“Marcos Lima ganhou para mostrar a diferença e voltar o que era antes, a credibilidade desta Casa, para mostrar ao povo que essa Câmara trabalha. Para muita gente, os vereadores não fazem nada, mas a gente trabalha. Às vezes as pessoas não assistem à sessão, mas nós temos centenas de indicações, vários projetos de lei, não só meus, mas de vários colegas vereadores, que poderiam estar sendo discutidos aqui hoje”, concluiu Lulinha.

Pegou o bonde andando

Já o vereador Edvaldo Lima, que faz parte da Mesa Diretora da Câmara, rebateu o colega de partido, afirmando que a decisão de suspender as votações às quintas-feiras foi amplamente discutida no plenário e que, curiosamente, no dia, o vereador Lulinha não estava presente para opinar sobre a decisão.

Edvaldo Lima, vereador de Feira de Santana pelo União Brasil | Foto: Paulo José / Acorda Cidade

“Quero parabenizar o nosso presidente Marcos Lima, porque foi uma medida assertiva. Agora temos na terça e quarta votação pesada e, às quintas, só para se reunir as comissões, homenagens. Ficou assim decidido porque o calendário está muito apertado, não tem como estender para outros dias”, disse Lima.

“O presidente trouxe para esse plenário e o plenário votou e aprovou. Infelizmente o meu colega não estava presente. Ele não tomou conhecimento, não estudou as matérias e agora está falando coisa por coisa. É bom ele primeiro sentar o pé no chão. Ninguém aqui está recusando trabalho. Nós somos trabalhadores e, como trabalhadores, estamos prontos para fazer o nosso papel”, complementou Edvaldo.

O espelho

O parlamentar finalizou sua fala afirmando que tanto o Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado) quanto a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) agem da mesma forma, reservando terça e quarta para votações e as quintas para o trabalho das comissões.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves

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Dilton e Feito

Dilton Coutinho, fundador do Acorda Cidade, é um radialista renomado com mais de 20 anos de experiência na cobertura jornalística. Ele construiu uma carreira sólida marcada por sua dedicação à verdade e ao jornalismo ético. Atuando em diversos veículos de comunicação, Dilton ganhou reconhecimento por sua habilidade em abordar temas complexos com clareza e profundidade. Sua paixão por informar o público e sua integridade profissional fazem dele uma referência no jornalismo contemporâneo.

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