Em Feira de Santana, ACM Neto reforça discurso de oposição ao governador: “Problema da segurança é Jerônimo"

Durante a inauguração da nova sede do União Brasil, em Feira de Santana, o ex-prefeito de Salvador e liderança nacional do partido, ACM Neto, voltou a fazer duras críticas à condução da segurança pública no Estado. Em entrevista ao portal e programa Acorda Cidade, ele responsabilizou diretamente o governador Jerônimo Rodrigues pelo avanço da violência na Bahia e defendeu mudanças estruturais na política de enfrentamento ao crime.

“O principal problema, para mim, está muito claro qual é. Ele tem nome e sobrenome, Jerônimo Rodrigues. O problema é o governador, é a falta de autoridade, de liderança, é a falta de compromisso, é a falta de coragem e disposição para fazer o que é necessário, para tratar bandido como bandido, para colocar bandido na cadeia, para devolver a paz e a tranquilidade para os baianos”, disse em entrevista ao Acorda Cidade.

O ex-prefeito citou o recente assassinato de três trabalhadores em Salvador, mortos na última terça (17), no bairro Alto do Cabrito, como exemplo de “absoluto desgoverno” e criticou a gestão dos presídios, citando regalias encontradas na Penitenciária Lemos de Brito.

“O papel que tinha que ser do Estado de combater a facção criminosa, de botar esses bandidos para correr, de prender, de ter presídio, que seja local para punir e não para multiplicar o crime como é hoje. Então, tudo isso só vai mudar se houver uma mudança, de governador na Bahia. Jerônimo acha que tem que tratar bandido com amor e carinho”, declarou ACM.

Ao ser questionado sobre medidas para enfrentar a crise na segurança pública, caso seja eleito governador em 2026, ACM Neto destacou que segurança e saúde seriam prioridades e detalhou ações como valorização das polícias, uso de tecnologia, mudança no sistema prisional e reforço das políticas sociais.

“Presídio tem que ser de segurança máxima. Presídio não pode permitir a comunicação do preso com o mundo externo, preso com celular, gente. Isso é uma loucura. Tem que botar pra quebrar mesmo, no sentido de agir com força. […] Além de tudo isso, vai ter que fazer um trabalho, é claro, na área social, nas áreas mais vulneráveis do nosso Estado, de reocupação territorial. O território não pode ser da facção criminosa, tem que ser das famílias que moram nos bairros.”

ACM Neto também criticou o volume de empréstimos solicitados pelo governo estadual.
“Me preocupa porque ele está endividando o futuro da Bahia, mas a questão principal é: onde está o dinheiro, o que está sendo feito com esse recurso, qual o benefício que está sendo dado para o povo e o que isso está contribuindo para melhorar a vida de alguém na Bahia.”

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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