Falecimento

Morre aos 77 anos, jornalista e poeta baiana Myriam Fraga

Lançou 13 livros poéticos e teve seus poemas traduzidos para o inglês, o francês e o alemão, participando de diversas antologias nacionais e internacionais.

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Morreu na tarde desta segunda-feira (15) jornalista, poeta e contista, Myriam Fraga. Ela lutava contra a leucemia, doença pela qual vinha se tratando há algum tempo. O governador Rui Costa e a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) e suas unidades vinculadas – Fundação Cultural do Estado da Bahia, Fundação Pedro Calmon e Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, divulgaram nota lamentando o falecimento de Myriam.

Nascida em 9 de novembro de 1937, em Salvador, Myriam Fraga ingressou na literatura a partir de publicações em revistas e suplementos literários, tendo estreado com o livro de poesias intitulado Marinhas (1964). Lançou 13 livros poéticos e teve seus poemas traduzidos para o inglês, o francês e o alemão, participando de diversas antologias nacionais e internacionais.

Em 30 de julho de 1985, tomou posse na Academia de Letras da Bahia após eleição unânime, passando a ocupar a Cadeira de nº 13. Dirigia a Fundação Casa de Jorge Amado desde sua instituição, há 30 anos, e é citada por diversas publicações, a exemplo do Pequeno Dicionário de Literatura Brasileira, de José Paulo Paes e Massaud Moisés (1968) e História da Literatura Brasileira, de Luciana Stegagno Picchio (1997), além do Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras: 1711-2001, por Nelly Novaes Coelho (2002).

Entre 1980 e 1986, esteve à frente de projetos pioneiros na Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), quando coordenou a Coleção dos Novos e foi responsável pelo projeto de criação do Centro de Estudos de Literatura Luiz Gama, hoje Departamento de Literatura. A escritora foi membro do Conselho Federal de Cultura (1990 a 1993), do Conselho Federal de Política Cultural (1993 a 1996), e do Conselho Estadual de Cultura (1992 a 2006), dentre outras instituições.

Dentre os títulos recebidos ao longo de sua trajetória, destaque para a Medalha Castro Alves (Ordem Brasileira dos Poetas da Literatura de Cordel. Salvador, 1984), o de Personalidade Cultural (União Brasileira de Escritores – UBE. Rio de Janeiro, 1987) e a Medalha Maria Quitéria (Câmara dos Vereadores da Cidade do Salvador, 1996).