Inovações

Profissão do futuro? mercado de automação cresce com força total no país

A mudança exige atualização, mas também abre espaço para uma atuação mais estratégica e valorizada dentro das organizações.

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Festival do Sesi
Foto: Lucas Moura/Copherphoto

A incorporação da inteligência artificial (IA) à automação de processos deixou de ser uma projeção futura. Hoje, ela já redefine fluxos de trabalho em empresas de todos os portes e cria um novo perfil profissional: o gestor de automação com domínio de tecnologias inteligentes. A mudança exige atualização, mas também abre espaço para uma atuação mais estratégica e valorizada dentro das organizações.

Segundo o relatório Future of Jobs 2023, do Fórum Econômico Mundial, a convergência entre automação e IA deve transformar mais de 40% das tarefas de trabalho até 2027. Áreas como atendimento ao cliente, marketing e finanças — setores em que a automação já atua com intensidade — devem liderar essa transição.

Luciana Papini, especialista em automação e responsável pela capacitação de mais de 5.700 profissionais na área, observa uma clara evolução no papel do gestor. “O profissional que trabalha com automação agora precisa entender como a IA se encaixa em cada processo e de que forma ela potencializa os resultados. A entrega passa a ser mais analítica, personalizada e decisiva”, afirma.

O que muda com a IA integrada à automação

Na prática, a inteligência artificial adiciona uma camada de complexidade às automações tradicionais. Em vez de sistemas baseados apenas em regras fixas, surgem fluxos adaptáveis, que analisam comportamento do usuário, antecipam necessidades e ajustam respostas de forma autônoma.

Entre as novas competências exigidas do gestor de automação, destacam-se:

  • Análise de dados aplicada à tomada de decisão automatizada
  • Integração de ferramentas com modelos de IA, como chatbots com processamento de linguagem natural (NLP)
  • Mapeamento de jornadas dinâmicas do cliente
  • Segmentação inteligente de audiências e previsão de comportamento

“O domínio técnico continua importante, mas o diferencial agora está na capacidade de pensar estrategicamente. A IA não substitui o gestor de automação. Ela valoriza esse papel”, pontua Luciana.

Impactos diretos na operação das empresas

A combinação de IA e automação tem gerado avanços consistentes. Um levantamento da consultoria McKinsey mostra que empresas que adotaram essas soluções registraram aumento médio de 20% na produtividade em setores como vendas, atendimento e operações.

Entre os principais ganhos, estão:

  • Redução de falhas operacionais
  • Agilidade nas respostas ao cliente
  • Aumento da conversão em vendas
  • Geração automática de relatórios com insights estratégicos
  • Personalização de experiências com base em dados comportamentais

Luciana destaca que o impacto positivo não se restringe às grandes corporações. “Hoje, até um microempreendedor consegue automatizar o atendimento no WhatsApp com ferramentas de IA. Isso amplia o acesso e entrega performance com baixo custo operacional”, afirma.

Mercado promissor e carreira em ascensão

O aquecimento do mercado de automação reflete diretamente na valorização dos profissionais da área. Dados do portal Glassdoor indicam que um gerente de automação no regime CLT recebe, em média, R$12 mil mensais, podendo ultrapassar R$17 mil, dependendo da experiência e do porte da empresa. Profissionais que atuam como prestadores de serviço chegam a faturar mais de R$30 mil mensais com a oferta de pacotes personalizados de automação com IA.

A expectativa é que esse crescimento continue. Estudo da IDC aponta que, até 2026, 75% das grandes empresas adotarão plataformas automatizadas com IA para embasar decisões em tempo real. Para Papini, isso reforça a importância do gestor de automação como elo entre dados, estratégia e resultado.

“Automatizar com inteligência é o que define a nova geração de negócios. Empresas que não se adaptarem vão perder competitividade. E profissionais que dominarem essa nova linguagem terão lugar garantido no mercado”, conclui.

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