A jovem Caroline da Silva Araújo, de 19 anos, moradora de Senhor do Bonfim, na Bahia, viveu uma experiência inesquecível ao ter uma fotografia de sua autoria reconhecida pela Agência Espacial Brasileira (AEB).
O registro, feito em 18 de abril de 2025, na Serra de Santana, uma das áreas mais altas e belas do município, capturava um fenômeno natural raríssimo, que imediatamente despertou sua curiosidade e admiração. Sem pensar duas vezes, Caroline decidiu enviar a imagem para a AEB, mesmo sem saber se teria algum retorno.
“Até então, nunca tinha visto algo parecido. Fiz a foto com a intenção de registrar aquele momento único”, contou Caroline, que está cursando graduação em Ciências Contábeis e atualmente trabalha com reforço escolar.
Após quase três meses de espera, a tão sonhada resposta chegou. No dia 9 de julho, a Agência Espacial Brasileira entrou em contato com Caroline, confirmando o valor científico e visual da imagem. Dias depois, o registro foi divulgado nas redes sociais oficiais da instituição, ganhando destaque e repercussão nacional.
“Fiquei muito feliz e realizada pelo reconhecimento”, afirmou ao Acorda Cidade. Para Caroline, apaixonada pela natureza e pela astronomia, o momento simboliza não só um reconhecimento pessoal, mas também uma oportunidade de inspirar outras pessoas.
“Quero repassar meus conhecimentos para mais crianças e jovens e incentivá-los à valorização dos recursos naturais que estão ao nosso redor”, afirmou ela, reforçando o desejo de contribuir com a educação ambiental e científica.
Explicação científica do fenômeno
Glória é o nome do fenômeno óptico que se assemelha a uma auréola colorida ao redor da sombra da cabeça do observador, projetada sobre nevoeiro ou nuvens. Esse efeito ocorre quando a luz solar é retroespalhada por meio de uma combinação de difração, reflexão e refração, por uma nuvem composta por gotículas de água de tamanho uniforme.
Menor em escala do que um arco-íris, a Glória só pode ser observada quando o observador está posicionado diretamente entre o Sol e a nuvem de gotículas. Por esse motivo, ela normalmente é vista durante voos, ao redor da sombra do avião sobre as nuvens. Também pode ser avistada de montanhas ou edifícios altos, quando há neblina ou nuvens abaixo ou no mesmo nível do observador.
O fenômeno costuma aparecer associado ao chamado espectro de Brocken, quando a sombra do observador parece se projetar no meio da auréola, criando um efeito ainda mais impressionante.
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