Tecnologia

Criação de games: Black XP BootCamp abre inscrições em Feira de Santana para capacitação gratuita de jovens negros e indígenas

Black XP BootCamp Feira de Santana capacita jovens negros e indígenas a criarem games
Foto: Divulgação

Estão abertas, até o dia 28 de agosto, as inscrições para o Black XP BootCamp em Feira de Santana. O programa tem como objetivo capacitar jovens de 17 a 25 anos, estudantes de cursos técnicos e universitários das áreas de tecnologia, design e afins, que se identifiquem como negros ou indígenas, cis ou trans, e residam no município baiano (Inscrições aqui).

O curso é gratuito para 30 bolsistas selecionados, e também oferece vagas com bolsas parciais de 50% e 70%, além de bolsas integrais. A divulgação dos resultados para os selecionados será feita em 30 de agosto. As aulas começam no dia 2 de setembro e seguem por 12 semanas, sendo 11 semanas online e uma semana final imersiva, presencial em Feira de Santana.

Com carga horária de 240 horas, o BootCamp será realizado em uma plataforma digital e contará com videoaulas, encontros ao vivo e uma etapa presencial na qual os participantes desenvolverão e apresentarão protótipos de jogos jogáveis. A entrega final inclui a apresentação de pitch para uma banca avaliadora e certificação via NFT, válida para compor o portfólio profissional dos participantes.

Durante a jornada, os estudantes poderão receber premiações, como gift cards para plataformas de games, assinaturas de softwares e streaming, além de kits de premiação destinados aos três melhores projetos desenvolvidos ao final do curso.

Conforme destaca a assessoria de comunicação, sob o conceito criativo “Feira é Código”, a campanha posiciona Feira de Santana não apenas como passagem, mas como ponto de partida para protagonismo tech negro. Inspirada na imagem da “Princesa do Sertão” que antes era figura passiva, agora é realeza do código. O projeto propõe uma releitura potente: “Ela aprendeu a hackear o sistema, é líder de squad e mentora, reprograma narrativas coloniais com autonomia e visão de futuro.” Visualmente, a Princesa do Sertão remete ao afrofuturismo sertanejo, combinando turbante como headset, adereços tecnológicos e linguagem estética híbrida.

O projeto foi contemplado nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado via PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura – Governo Federal.

O Black XP BootCamp foi selecionado entre 12 projetos audiovisuais voltados à formação cultural, valorizando iniciativas protagonizadas por pessoas negras e conta com apoio institucional da Alura e Fiap.

“Como desenvolvedora de software, acredito no poder da tecnologia como ferramenta de transformação, mas, acima de tudo, acredito no poder da coletividade. Para além de estarmos criando jogos, estamos hackeando o sistema com visão de futuro. Isso é a Black XP”, declara Andressa Borges, desenvolvedora de software sênior, mulher negra periférica e líder técnica no time do Black XP Game Jam, que une código, ancestralidade e impacto social.

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