Rio de Janeiro

Mulher assume disparo no carro de Adriano

'Provas estão comprovando que não fiz o disparo', afirmou o jogador. Estudante acusava o atleta de ter efetuado tiro dentro de carro na Barra.

Acorda Cidade

O jogador Adriano, do Corinthians, se diz aliviado após a jovem Adriene Cirylo admitir à polícia que foi ela quem atirou acidentalmente dentro do carro do jogador. Ela acusava o jogador de estar no banco traseiro e ser o autor do disparo que a atingiu na mão esquerda.

"Estou aliviado porque realmente as provas estão comprovando que eu não fiz o disparo", disse o jogador ao deixar a delegacia na noite desta quarta-feira (28).

Perguntado se acha que a história teve um fim após a acareação e reconstituição, ele afirmou: "Acho que sim, eu espero".

Desde o início das investigações, Adriano negava as acusações de Adriene, alegando que estava no banco do carona no momento do disparo. A versão de Adriano também é confirmada pelas outras três mulheres e um amigo do jogador que estavam no veículo na hora do disparo, além de um funcionário de uma boate da Barra de onde o grupo havia saído.

Mais cedo, o delegado Fernando Reis confirmou que Adriene mudou o depoimento. "Ela diz que ela realmente mentiu, que ela pegou a arma deliberadamente, e a arma detonou, e descreveu exatamente aquele trajeto", afirmou Reis, acrescentando que as investigações não terminaram.

Segundo a polícia, Adriene Cirylo deixou uma dívida de R$ 82 mil no hospital.

Choro e arrependimento
De acordo com o delegado, com a confissão, a jovem não mais responderá pelo crime de denunciação caluniosa. Ao voltar atrás em seu depoimento, segundo o delegado, ela se enquadra no que a lei chama de arrependimento eficaz.

"Ela chorou muito durante todo o processo (depoimento, acareação e reconstituição). Disse que tinha bebido muito no dia e que acabou pegando a arma debaixo do banco do motorista por curiosidade. Adriano disse que se sentia aliviado com a confissão", disse Reis, que não entrou em detalhes sobre qual seria o objetivo da vítima ao culpar o jogador pelo disparo da arma.

Apesar da confissão, o delegado destacou que o inquérito ainda não está encerrado. Segundo Reis, a acareação e a reconstituição foram importantes para que ele pudesse verificar dois pontos cruciais na investigação: que Adriano estava no banco da frente e para determinar quem teria sido o autor do disparo.

"Não há dúvidas de que Adriano estava no banco do carona. Na reconstituição, pela dificuldade que foi, ficou claro que ele não poderia estar no banco traseiro. O experimento mostrou ainda que o disparo partiu da altura da perna direita da jovem em direção a mão, num ângulo agudo e ascendente. Pelas simulações, tudo leva a crer que o depoimento dela é viável. Mas a confissão dela não significa que a gente está absolutamente convencido do que aconteceu", frisou Reis.

As informações são do G1.