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Maioria das vÃtimas de incêndio em boate morreu por asfixia
De acordo com o coronel Guido de Melo, poucas foram as pessoas que morreram devido às queimaduras
O comandante do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, coronel Guido de Melo, afirmou neste domingo (27) que a maioria das 231 pessoas mortas no incêndio na boate Kiss morreu por asfixia. Segundo ele, poucas foram as pessoas que morreram em decorrência de queimaduras.
Um capitão da Brigada Militar contou ao jornal O Globo que 90% dos corpos foram encontrados nos dois banheiros – um masculino e outro, feminino. Segundo ele, a boate teria apenas uma saída e os jovens podem ter confundido a porta dos banheiros com as de saída.
Em entrevista ao jornal O Dia, o coronel Guido de Melo ainda resumiu a tragédia: "O que provocou a tragédia foi o uso de um material não autorizado, o pânico, a inalação de fumaça tóxica e a porta fechada", declarou.
O coronel também confirmou que testemunhas declararam que os seguranças da boate Kiss impediram a fuga dos clientes durante o incêndio, para evitar que saíssem sem pagar.
O ginásio esportivo da cidade, para onde foram levados os corpos para reconhecimento de familiares, foi isolado pela Brigada para evitar a invasão de parentes e amigos.
O jornal “Zero Hora” divulgou o nome de seis pessoas que morreram nos hospitais, após terem sido socorridas na boate. São eles: Luiz Fernando Riva Donati, Ian Meincrem, Juliano de Almeida, Tiago Amaro Cecrinoto, Andressa Ferreira, Mateus de Lima Libreloto.
O incêndio deixou ao menos 117 feridos, segundo informações preliminares do Exército. O local tinha capacidade para 2.000 pessoas.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil da cidade, Adelar Vargas, o fogo pode ter começado na espuma de isolamento acústico do teto. Segundo ele, um dos membros da banda que estava se apresentando teria acendido um sinalizador, que atingiu o teto e deu inicio às chamas.
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