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O deputado estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa, Neto (PT), se reuniu na manhã de quinta-feira (28) no auditório do Centro de Cultura Amélia Amorim, com diretores e vice-diretores da rede estadual de ensino de Feira de Santana e cidades circunvizinhas.
 
O encontro teve como objetivo prestar esclarecimentos e debater sobre a greve dos professores que dura 81 dias, além de apontar diretrizes para o retorno das aulas e apresentar propostas de investimento do governo para a educação do estado. A reunião durou quatro horas e os diretores tiveram a oportunidade de levantar questionamentos a cerca dos pontos discutidos, sendo prontamente respondidos pelo deputado Neto.
 
A dirigente da Diretoria Regional de Educação (DIREC 02), Nívea Maria Silva, destacou a participação de Neto nos debates sobre a greve. “O deputado Neto não foge da luta, dos embates, está sempre presente, nunca se escondeu de ninguém e de nada.”
 
Segundo Nívea, os diretores das escolas podem contribuir diretamente para o fim do movimento. “Temos 42 escolas totalmente em greve, 24 funcionando normalmente na sede e 13 funcionando parcialmente, por isso é preciso que os diretores comecem a disseminar os lados positivos da educação pública. Nós temos escolas que não perdem em nada para as particulares, que possuem ar-condicionado em todas as salas, material didático, laboratórios de ciências e informática, e todas têm condições de ser iguais, se disparidade entre uma e outra é preciso vigiar”, ressaltou.
 
Segundo o deputado Neto, o reajuste salarial de 22,22% dentro do ano, exigido pelos professores é inviável para o governo, pois o salário dos docentes consome 77% dos recursos do Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb), quando o máximo deveria ser 60%. Além disso, o Governo está com 45,43% de comprometimento orçamentário com folha de pessoal, sendo que o limite prudencial previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal é de 46,02%, e se ultrapassado acarreta problemas graves para a conta do governo. “Precisamos fazer mais, mas estamos cuidando gradativamente dessa categoria, conseguimos 70% de ganho bruto nos últimos anos, sendo que 30% de ganho real acima da inflação”.