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O bisavô de Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, sofreu um infarto no último domingo (5) ao saber que a neta sofreu queimaduras graves durante os ataques a ônibus em São Luís. Ele era muito ligado à garota e morreu em casa. "Ana Clara passou um bom tempo morando com ele, até o ano passado.  Ela foi a primeira bisneta dele, gostava de sentar no colo, ficar brincando com ele", disse Ana Emily Silva, neta de Dasico, ao G1. 
 
A menina teve 95% do corpo queimado e estava internada em estado grave na UTI Pediátrica do Hospital Estadual Juvêncio Matos. De acordo com a unidade de saúde, a irmã de Ana Clara, de 1 ano e 5 meses, continua internada e seu estado de saúde é estável. Ela teve queimaduras em 20% do corpo, nas pernas e no braço. As duas estavam com a mãe em um dos ônibus incendiados. Juliane Carvalho Santos, de 22 anos, que teve 40% do corpo queimados, também continua internada no Hospital Tarquinio Lopes Filho, em São Luís.
 
A polícia do Maranhão deteve dez pessoas envolvidas nos ataques, entre elas dois adolescentes. Na avaliação das autoridades maranhenses, os ataques foram uma reação às medidas adotadas para combater a criminalidade nas unidades prisionais da capital, que receberam o reforço da Polícia Militar no fim de dezembro.
 
A crise prisional no estado veio à tona em outubro, quando houve uma rebelião no Complexo de Pedrinhas, deixando nove mortos e 20 feridos. O Complexo Penitenciário de Pedrinhas já registrou duas mortes de detentos este ano. As informações são do G1.