
As pessoas que trafegam diariamente pelas BRs 324 e 116 podem ter sua segurança viária prejudicada até que uma nova concessionária assuma definitivamente a rodovia após a saída da ViaBahia, no próximo dia 15 de maio. A informação foi dada pelo gerente de Estudos e Projetos de Rodovias da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Stephane Quebaud.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o gerente propôs que o Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes], assuma o socorro às vítimas de acidentes ou faça o resgate de veículos envolvidos em acidentes. A responsabilidade sobre o socorro nas rodovias ainda não foi definida.

“O Dnit vai assumir o trecho, como ele faz com boa parte da malha rodoviária federal do país. Ele vai ter ações de manutenção do pavimento, ele já tem uma previsão de 500 milhões para isso. Quanto à operação, houve uma notícia que ele iria operar o trecho conforme faz hoje a concessionária, mas, todavia, isso não foi confirmado. Então, se não tiver esta parte de operação do Dnit, infelizmente, volta a ser uma operação, como a gente tem costume, em rodovia não concedida, ou seja, com os operadores locais, com o Samu, com os bombeiros”, explicou Stephane Quebaud ao Acorda Cidade.
Na última terça-feira (6), uma audiência pública foi realizada na Câmara Dirigente de Lojistas (CDL), em Feira de Santana, para discutir os rumos de quem vai assumir a nova concessão das rodovias. Na oportunidade, prefeitos criticaram a falta de infraestrutura, que deveria ser implementada pela ViaBahia ao longos dos 15 anos de gestão. Já o representante da ANTT afirmou que até 2026, com entrada do Dnit, a situação nas BRs 324 e 116 devem melhorar.
“A população está sendo ouvida. Vocês têm até o dia 29 de maio para fazer contribuições. Não é só na audiência em si. No nosso site da ANTT tem um sistema chamado Participante e lá tem um formulário no qual cada um pode entrar e dizer o que ele acha disso ou daquilo. Que falta obras, que acha o pedaço caro, enfim. Tudo é possível. E a partir disso, quando terminar esse período de contribuições, a gente vai consolidar tudo e a gente vai analisar”, alertou o gerente.

Para Quebaud, somente após uma nova concessão assumir, a situação do socorro as vítimas devem normalizar.
“Como já tem uma estrutura de operação, a gente está prevendo que logo no início da nova concessão, quando ela for assumir, aí volta a ter a operação com guincho leve para veículos de passeio, guincho pesado para veículos comerciais, dois tipos de ambulância, tipo mais simples e o tipo TI, para poder no tempo mais curto possa atender os usuários que porventura tiverem o acidente.”
Quebaud ainda disse ao Acorda Cidade que após colher todas as demandas, tudo deve ser analisado para atender ao máximo, mas nem tudo deve ser possível.
“Algumas vezes a gente não consegue, porque nem cabe, e aí também o pedágio ficaria mais caro. Mas a gente tem também a possibilidade, durante o contrato em andamento, se tiver necessidade de obras que não forem consideradas, de poder considerar essas obras depois. Então, de toda forma, esse conselho, o GPT, ele tem justamente esse objetivo de conseguir, ao longo do contrato, de ouvir a sociedade civil”, completou.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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